Rafaela Silva, ícone do judô brasileiro e medalhista olímpica, não esconde sua preocupação com o racismo, mas vê no judô um ambiente diferenciado. Em entrevista exclusiva ao Lance!, a judoca relatou que é raro presenciar casos de discriminação racial dentro do tatame, destacando que a filosofia do esporte, que valoriza a disciplina e a hierarquia, não dá espaço para esse tipo de atitude. Ao contrário de outras modalidades, onde o racismo pode se manifestar com mais frequência, o judô tem se mostrado um refúgio, ao menos dentro do contexto da prática esportiva.

Entretanto, Rafaela não deixa de apontar um desafio persistente: as redes sociais. A judoca afirmou que, ao contrário do ambiente no qual se desenvolve, onde o respeito e a camaradagem prevalecem, na internet o racismo se manifesta de forma constante, atingindo atletas de diferentes modalidades. "Dentro do esporte, há menos espaço para isso, mas na internet, infelizmente, ainda é muito comum", lamenta a atleta.

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Sua trajetória nas Olimpíadas é marcada por grandes conquistas, com destaque para o ouro no Rio 2016 e, mais recentemente, o bronze por equipes em Paris 2024, quando Rafaela foi decisiva na vitória sobre a Itália. Essa medalha, juntamente com sua trajetória de excelência no judô mundial, reforça o legado de uma atleta que não só brilhou pelo seu talento, mas também por sua postura firme em defesa da igualdade.

Ao refletir sobre o papel do esporte na luta contra o racismo, Rafaela lembra que a prática de modalidades como o judô pode e deve ser um exemplo a ser seguido. "É dentro do esporte que podemos criar uma cultura de respeito, que transcende as barreiras das redes sociais e do mundo virtual", conclui a judoca, um símbolo de resistência e conquista dentro e fora do tatame.