Em uma noite morna na Fonte Nova, o Brasil encerrou 2024 sob vaias e questionamentos após o empate por 1 a 1 com o Uruguai. A promessa de renovação com Dorival Júnior, iniciada em março com uma vitória alentadora sobre a Inglaterra, parece ter perdido força ao longo do ano, marcado por inconsistências e dificuldade em definir uma equipe titular. Mesmo com números superiores aos de seus antecessores imediatos, a Seleção ainda está longe de convencer.

Dorival enfrentou um 2024 cheio de desafios. Com um aproveitamento de 59% em 14 partidas, seus resultados superaram os modestos 37% de Ramon Menezes e Fernando Diniz, mas ficaram aquém das expectativas da torcida e da crítica. O empate contra o Uruguai veio após uma temporada marcada por falhas defensivas, ineficiência no ataque e a dificuldade em potencializar o talento de jogadores como Vinicius Junior e Rodrygo, que ainda não brilham com a camisa amarelinha.

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As Eliminatórias para 2026 refletem o cenário: o Brasil ocupa apenas a quinta colocação, com 18 pontos em 12 jogos, sete a menos que a líder Argentina. O time desperdiçou chances preciosas contra seleções teoricamente mais fracas, como Venezuela e Uruguai, e viu sua torcida perder a paciência. Nem mesmo os elogios do técnico Marcelo Bielsa, após o confronto desta terça, foram suficientes para aplacar os questionamentos sobre o trabalho de Dorival.

Com o próximo compromisso marcado para março de 2025, contra Colômbia e Argentina, o técnico terá que provar que suas ideias podem transformar a Seleção. O Brasil precisa recuperar a confiança e reencontrar o caminho das vitórias. O tempo é curto, e a paciência da torcida, ainda mais. Resta saber se Dorival será capaz de traduzir promessas em resultados concretos em um cenário onde as críticas já ecoam mais alto do que os aplausos.