Champions League tem pausas para atletas muçulmanos durante o Ramadã
Jejum sagrado desafia craques e mobiliza clubes na adaptação dos treinos
As oitavas de final da Champions League trouxeram uma cena marcante: partidas interrompidas para que jogadores muçulmanos quebrassem o jejum do Ramadã. Barcelona, Benfica, Lille e Borussia Dortmund aderiram à prática, respeitando um dos pilares do islã. Mais do que uma questão religiosa, a adaptação das rotinas no futebol europeu reflete a crescente presença de atletas muçulmanos no esporte e o desafio de equilibrar fé e rendimento.
O Ramadã, período sagrado de jejum do nascer ao pôr do sol, não é apenas um teste físico, mas também um exercício mental e espiritual. Gigantes do futebol como Karim Benzema, Mohamed Salah e Antonio Rüdiger encaram esse compromisso sem abrir mão da competitividade. Em 2022, por exemplo, Benzema brilhou com um hat-trick pelo Real Madrid mesmo seguindo o jejum, provando que é possível conciliar alto desempenho com devoção.
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Enquanto ligas como Premier League, LaLiga e Bundesliga flexibilizam suas regras para permitir pausas durante os jogos, a França mantém uma postura rígida e até proibiu o jejum na seleção. A decisão gerou polêmica, levando o jovem Mahamadou Diawara a renunciar à equipe sub-19. Já na Arábia Saudita, o campeonato local faz uma pausa nos últimos dez dias do Ramadã, respeitando a tradição religiosa.
Mais do que um ajuste no calendário, a questão envolve respeito e inclusão no futebol mundial. Com um número crescente de atletas muçulmanos em grandes ligas, a tendência é que o esporte continue se moldando para acolher diferentes culturas, tornando o jogo mais global e democrático.
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