O Vasco da Gama, um dos maiores clubes do futebol brasileiro, atravessa um momento delicado e de instabilidade financeira. Em meio ao pedido de recuperação judicial protocolado nesta segunda-feira, o clube carioca tenta se reorganizar após acumular mais de R$ 600 milhões em dívidas cíveis e trabalhistas. O montante inclui grandes valores devidos a ex-jogadores e profissionais da comissão técnica, com nomes conhecidos do torcedor cruz-maltino aparecendo entre os maiores credores.

Entre as figuras mais impactadas pela situação está o ex-meia Wendel, que cobra do clube a expressiva quantia de R$ 11,4 milhões. Esse valor é o maior entre as dívidas com pessoas físicas e supera, inclusive, o valor devido a escritórios de advocacia. Wendel, que atuou pelo Vasco entre 2012 e 2013, se aposentou em 2018, mas continua aguardando o recebimento do montante. Outros ex-jogadores como Luís Fabiano, Escudero e Eder Luis também estão na lista de credores, com valores consideráveis a receber.

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A situação financeira do Vasco, longe de ser uma novidade, foi agravada pelo regime de pagamentos atrasados e pela reestruturação que o clube enfrenta. A recuperação judicial foi proposta como uma solução para reorganizar o clube e quitar as dívidas de forma mais controlada. No entanto, o clube segue com dificuldades em administrar os valores altos devidos a antigos ídolos e ex-funcionários, sem contar os técnicos como Dorival Júnior e Jorginho, cujos débitos com o clube também são significativos.

Com tantos valores pendentes e um cenário instável, o Vasco precisará de mais do que uma simples reorganização administrativa para se recuperar. A busca por um futuro sustentável passa não apenas pelo ajuste das finanças, mas pela reconstrução de um time competitivo que resgatará a confiança da torcida e, quem sabe, o resgate da sua história gloriosa no futebol brasileiro.