Em uma reviravolta que surpreende o futebol nacional, o 2GO Bank, uma fintech com vínculos suspeitos com o PCC, está sendo investigada por suas parcerias com clubes e torcidas brasileiras. A plataforma financeira foi associada a iniciativas de engajamento de fãs, como os bancos digitais do Vitória-BA e da Torcida Independente, além do Banco Torcedor. Contudo, o Ministério Público e a Polícia Federal alertam que as operações dessa fintech podem esconder esquemas de lavagem de dinheiro ligados ao crime organizado.

O Vitória, por meio de uma nota oficial, afirmou ter sido pego de surpresa pela prisão do CEO da 2GO, Cyllas Salerno Elia Júnior, e garantiu que tomará medidas legais para proteger seus interesses. Em um cenário em que clubes buscam novas fontes de receita, a associação com fintechs de grandes dimensões tem se tornado uma tendência, mas com riscos elevados quando há a possibilidade de envolvimento com atividades ilícitas.

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Especialistas apontam que, apesar de a parceria com fintechs ser vista como uma oportunidade de engajamento para os clubes, a cautela deve ser redobrada, especialmente quando surgem investigações que associam essas empresas a crimes financeiros. O Flamengo e o Palmeiras, por exemplo, têm se associado a bancos digitais, mas o caso da 2GO serve como alerta para os clubes sobre os possíveis desdobramentos negativos de uma escolha sem a devida análise.

Em meio à investigação, o impacto na imagem dos clubes é claro, já que o futebol, como esporte nacional, tem suas ações e parcerias cada vez mais acompanhadas. E se a prática de associar a torcida ao consumo de produtos financeiros já é uma tendência no Brasil, a ética dessas alianças está sendo seriamente questionada.