Síndrome Respiratória Aguda Grave tem tendência de alta, diz Infogripe

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Síndrome Respiratória Aguda Grave tem tendência de alta, diz Infogripe

No último mês, a Covid-19 foi responsável por 77,6% dos casos da síndrome e 94,5% das mortes

Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

Informações divulgadas na segunda-feira (4) pelo boletim Infogripe, que reúne pesquisadores da Fiocruz, da FGV e do Ministério da Saúde, mostram que há tendência de alta nos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no longo e curto prazo no Brasil. A semana analisada na pesquisa teve início em 19 de junho e terminou no dia 25.

A Síndrome Respiratória Aguda Grave abrange casos de doenças com sintomas gripais que prejudicam a função respiratória e pode levar à hospitalização. O estudo considera como curto prazo um período de três semanas, e como longo prazo, um de seis semanas.

No último mês, de acordo com o boletim, a Covid-19 foi responsável por 77,6% dos casos da síndrome e 94,5% das mortes.

Entre as crianças de 0 a 4 anos, o Sars-CoV-2 já está próximo do observado para o VSR (Vírus sincicial respiratório), que costuma ter predomínio nesta faixa etária, sendo o coronavírus com 36% dos casos, contra 39% do sincicial. Porém, entre crianças e adolescentes, a SRAG manteve sinal de queda.

Já na população adulta, os dados apontam para desaceleração, mas ainda em situação de crescimento, sobretudo em pessoas com 50 anos ou mais.

Ainda de acordo com o boletim do Infogripe, 16 dos 27 estados apresentaram sinal de crescimento na tendência de longo prazo São eles: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Nos estados do Sudeste e Sul há indícios de interrupção na tendência de crescimento nas últimas semanas, mas que ainda precisam ser reavaliados nos próximos estudos. O Infogripe indica que 18 capitais mantiveram o sinal de crescimento dos casos.

Ao analisar o país como um todo, a conclusão dos pesquisadores foi de que, comparados a abril e maio, a tendência de alta desacelerou, mas ainda não é possível indicar estabilidade ou queda nos casos graves de Covid-19 e gripe e que nas próximas seis semanas o cenário deverá ser parecido. 

 

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