Feira de Santana registra aumento de casos de cinomose e parvovirose

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Feira de Santana registra aumento de casos de cinomose e parvovirose

Prevenir é o melhor remédio

Crédito: Divulgação

Feira de Santana apresentou, nestes primeiros quatro meses de 2022, um considerável aumento no número de casos de Cinomose e Parvovirose, duas doenças consideradas corriqueiras entre aquelas que mais acometem os cães, mas que, apesar de comuns, podem ser extremamente perigosas para os pets, podendo levá-los, inclusive e não raro, à morte.

De maneira geral, estas doenças apresentam uma maior ocorrência em cães jovens, geralmente não vacinados e com acesso livre à rua. Entretanto, apesar de serem perigosas e de fácil contágio, não são consideradas zoonoses - doenças transmitidas de animais para humanos ou de humanos para os animais, geralmente através do contato com secreções como saliva; sangue; urina e fezes, ou contato físico, como arranhaduras ou mordeduras -, cabendo então aos tutores dos animais a prevenção de seus pets.

Cinomose

Doença infectocontagiosa transmitida para o animal quando ele inala o vírus - assim como a gripe nos humanos -, o que é muito fácil de ocorrer, visto que os cães são animais que têm o faro como principal sentido. O simples fato de cheirar as fezes ou urina de um cão doente já pode contaminar um cão saudável. Portanto, lugares onde há um maior fluxo de animais, como praças, parques, pet shops e especialmente clínicas veterinárias, são considerados locais de alto risco para o seu cão, principalmente quando ele não possui todas as vacinas, ou quando está com as vacinas atrasadas.

A doença é muito perigosa e agressiva e por desencadear vários sintomas, acaba sendo difícil diagnosticá-la. Dentre os sintomas estão: Tosse; conjuntivite; febres altas; vômitos e diarreias. Quando desenvolve a forma mais grave da doença, o cão apresenta problemas neurológicos, como convulsões; falta de coordenação dos movimentos; paralisias e dificuldade para caminhar em linha reta. Em alguns casos, o cão pode até apresentar agressividade, chegando a não reconhecer o próprio dono. A doença, que não tem cura, enfraquece o sistema imunológico, permitindo que o organismo seja atacado por bactérias que geram uma série de infecções, levando o animal à morte.

Parvovirose

Bastante temida, a parvovirose é uma doença fatal na maioria dos casos e a transmissão ocorre quando há contato direto do cão sadio com os excrementos de um cachorro contaminado. A doença afeta os filhotes na maior parte dos casos, pois possuem a imunidade mais baixa e, muitas vezes, ainda não possuem o ciclo vacinal completo.

Os sintomas são: Diarreia, vômitos, febre alta, conjuntivite, desidratação, gastroenterite (inflamação das mucosas do estômago e intestino). Não raro, o cão também apresenta sintomas de depressão.

O tratamento é feito com sais minerais, vitaminas e glicose, via oral ou intravenosa. Muitas vezes a internação do cão se faz necessária. O cão contaminado pela parvovirose deve ser separado de outros animais e até mesmo de pessoas, com exceção dos donos.

Prevenção

Apesar de serem doenças perigosas para os cães, a prevenção é muito simples, bastando que o animal esteja com suas vacinas atualizadas. As vacinas que previnem contra estas doenças são as chamadas V8 ou V10, que consistem em um coquetel vacinal que protege seu cãozinho de uma série de doenças e inclusive zoonoses, como alguns tipos de leptospirose.

A médica veterinária Uilma Carneiro, da clínica Bichanos, no bairro Feira X, ressalta a importância de se manter as vacinas dos cães em dia, principalmente quando filhotes, fase da vida em que só devem passear na rua, no mínimo, 15 dias após a última dose do ciclo vacinal.

"Quando filhote, o cão deve tomar três doses da vacina, de preferência a importada - que é mais cara, porém mais eficiente e segura -, cada uma num período de 21 dias entre uma e outra. A chance de um cão devidamente vacinado contrair a doença é mínima e quando ocorre, o animal acaba desenvolvendo uma forma menos grave da doença, o que ajuda no processo de recuperação do animal", revela a veterinária.

A médica aproveitou para explicar porque há uma incidência maior de contaminação nos meses de final e início de ano. "Geralmente, são meses de férias e muito calor, então são épocas em que as pessoas saem mais com seus cães à rua para passear. Junte isso à distração dos tutores com relação às vacinas de seus pets e temos aí um cenário ideal para uma maior propagação da doença", explica Uilma Carneiro. 

 

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