Senadores querem acesso a conversas entre Jair Bolsonaro e Castello Branco
Ex-presidente da estatal disse que no celular coorporativo há mensagens que podem incriminar Bolsonaro
Os senadores Jaques Wagner (PT-BA), Zenaide Maia (PROS-RN) e Jean Paul Prates (PT-RN) enviaram ao plenário do Senado uma solicitação para que o ministro das Minas e Energia, Adolfo Sachsida, envia à Casa informações dos registros de mensagens trocadas em celulares corporativos e registros audiovisuais de reuniões do Conselho Administrativo da Petrobras. Os parlamentares objetivam, com isso, esclarecer o que foi dito por Roberto Castello Branco, ex-presidente da estatal, em um aplicativo de trocas de mensagens no sábado (25).
"No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo (referindo-se ao presidente Jair Bolsonaro)", publicou Castello Branco em troca de mensagens divulgada pelo site "Metrópoles no domingo (26).
Em outro trecho da conversa, o ex-presidente da Petrobras fala que é procurado recorrentemente por jornalistas como fonte quando o Bolsonaro ataca a Petrobras. "Se eu quisesse atacar o Bolsonaro não foi e não é por falta de oportunidade (sic). Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas, sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles [dos convites] e quando falo procuro evitar ataques", teria dito o ex-presidente da estatal.
O líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates, um dos que fez o requerimento ao Ministério das Minas e Energias, disse que aguardo a apreciação da Mesa Diretora sobre a convocação. "Vamos oficiar a Petrobras solicitando essas informações. Todo mundo sabe que o presidente achaca diariamente a empresa que deveria ajudar a nortear, mas é importante saber exatamente quais crimes ele cometeu, ou se realizou ameaças pessoais.
"Mesmo tendo minhas divergências com o ex-presidente da Petrobras Castello Branco, sei que não é assim que se conduz uma empresa pública, sob ameaças e impropérios. É importante que se esclareça exatamente o dano que Bolsonaro impôs à empresa e ao Brasil", destaca Prates.
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