Até o começo de novembro, o contrato entre Fluminense de Feira e Core3 que formaliza a SAF do Touro do Sertão será assinado, mas enquanto o vínculo não é sacramentado, os novos gestores, André Oliveira e Filemon Neto, já empreendem um forte trabalho nos bastidores. A primeira ação é a definição das diretrizes do processo, bem com a definição das primeiras medidas serem adotadas tão logo assumam o controle dos departamentos de futebol, administrativo e financeiro do Touro do Sertão.

André Oliveira vai estar à frente da administração e finanças na SAF e afirma que o Fluminense de Feira precisa ser enxergado, a partir de agora, como um negócio. "O torcedor é o nosso cliente e não basta apenas entregar para ele uma equipe forte, competitiva e que traga resultados em campo. Aliado a estas conquistas, precisamos fazer do clube uma fonte de outros negócios: por exemplo, já estamos articulando junto a Anatel a viabilização de um chip de celular exclusivo do clube. Qual o torcedor que não quer um chip de celular do seu clube? Vamos viabilizar isso para que já no começo de 2024 seja iniciada a comercialização e os valores arrecadados sejam investidos diretamente na equipe", explicou.

Contatos também estão sendo mantidos com empresas de outros segmentos para que seja criada uma grande rede de parceiros para incrementar o programa de sócio-torcedor. "Nós precisamos incutir na cabeça do torcedor a necessidade dele se associar ao clube e para isso temos que formar uma grande rede fornecedora de benefícios, que proporcione ao sócio descontos em lojas de diversos segmentos, mas para tal é necessário ser sócio. Já temos contatos com a empresa que faz o programa de sócio torcedor do Flamengo e vamos buscar esta situação porque tem que se acabar com a cultura de que só um investe e os outros ficam à parte. Temos uma missão de tornar o clube uma fonte inesgotável de visibilidade, onde as empresas devem nos procurar para associar as suas marcas à do Fluminense de Feira ", ressaltou o dirigente.

SEDE DA SAF

A SAF vai ter um escritório próprio, que já está sendo montado em um imóvel que a empresa disponibilizou no final da avenida Getúlio Vargas, no bairro Parque Getúlio Vargas. "Temos que fazer esta separação porque este empreendimento é específico e necessita de um espaço próprio para o desenvolvimento das suas ações. O Fluminense de Feira continua com a sua sede central na (Rua) Geminiano Costa, mesmo porque a associação tem outras demandas independentes da SAF e a empresa Core3 também e por isso precisamos ter este discernimento de separar as atividades", observou André Oliveira.

Sobre o pagamento dos débitos do Fluminense, que chegam à casa dos R$5 milhões, Oliveira disse que o plano para a execução foi estabelecido em comum acordo entre a empresa e o clube. "Houve o levantamento dos débitos e quando firmamos o contrato já estava estabelecido que haverá negociação junto aos credores por meio dos tribunais e órgãos específicos e nós arcaremos com as dívidas de maneira a liquidar tudo no futuro", afirmou.

O dirigente confirmou ainda que está sendo prospectado um grande evento para a formalização do contrato entre o Fluminense e a Core3 e a apresentação das novidades, que deverá contar com a presença do staff da Federação Bahiana de Futebol. "Já estamos conversando com o presidente (da FBF) Ricardo Lima em termos de uma data para que possamos confirmar e convidar a nossa torcida a se fazer presente neste momento histórico do clube e para a empresa também. Será o dia que marca o começo de um futuro melhor para o Fluminense", declarou André Oliveira.

HISTÓRIA

Feirense do bairro Jardim Cruzeiro, André Oliveira é apaixonado por tecnologia e por futebol. "A minha história com o futebol começa lá atrás, quando menino e morador do Jardim Cruzeiro eu ia para o Joia da Princesa ficar lá no portão pedindo para o porteiro entrar para ver o jogo do Fluminense. Estudei, me aperfeiçoei em tecnologia, fiz parte do SENAI e foi desta maneira que conheci o Filemon (Neto) e fundamos a Core3, que está em processo de expansão, presente em mais de 150 cidades na Bahia e até o final do ano que vem vamos estar presentes em outros 7 Estados brasileiros", contou