Gabigol voltou a ser protagonista, mas desta vez fora das quatro linhas. Em uma publicação irônica nas redes sociais, o atacante alfinetou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após a polêmica expulsão de Jonathan Jesus, do Cruzeiro, na derrota por 3 a 0 diante do Internacional, neste domingo (6), no Beira-Rio. "Enquanto isso... a preocupação é subir na bola", escreveu o camisa 10, em referência à nova determinação da entidade sobre jogadas com os dois pés na bola.

A crítica tem endereço certo: um ofício recente da CBF enviado a clubes e federações que estabelece cartão amarelo para quem usar a finta com os dois pés sobre a bola — movimento que ganhou os holofotes após Memphis Depay, do Corinthians, utilizá-lo na final do Paulistão. A norma virou piada nas redes, mas dentro de campo já tem consequência séria, como foi o caso da expulsão de Jonathan ainda no primeiro tempo da partida.

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No Cruzeiro, o clima é de revolta. A diretoria celeste já se movimenta nos bastidores para questionar a atuação da arbitragem liderada por Marcelo de Lima Henrique e Daiane Muniz, responsável pelo VAR. A bronca maior é pela falta de critério em um jogo onde o time mineiro já estava em desvantagem e teve que se virar com um a menos boa parte do tempo.

Esse tipo de situação reacende o velho debate: o futebol brasileiro precisa, sim, de mais regras — mas precisa, antes disso, de coerência. Jogada de efeito é espetáculo, é arte. Se virou ameaça, que se analise com critério. O torcedor, que já convive com jogos mornos, não pode perder também o tempero da ousadia.