Carpini é expulso ao comemorar gol do Vitória no Barradão
Técnico se revolta com decisão e cobra bom senso da arbitragem
Domingo quente no Barradão, dentro e fora das quatro linhas. Na derrota por 2 a 1 para o Flamengo, o técnico Thiago Carpini acabou expulso de campo durante a comemoração do gol de empate do Vitória. A súmula do árbitro Rafael Rodrigo Klein foi clara: o treinador deixou a área técnica e chutou uma bola que estava sobre um suporte na lateral do campo. A atitude foi interpretada como conduta antidesportiva.
Mas Carpini não engoliu calado. Após a partida, o treinador do Leão usou o microfone para soltar o verbo. Segundo ele, não houve provocação nem desrespeito, apenas o instinto de comemorar com o time em um momento de alívio. "Está ficando chato", resumiu, ao sugerir que a CBF crie uma cartilha explicando como técnicos podem festejar sem serem punidos.
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A expulsão do comandante acabou custando caro. Sem Carpini à beira do gramado, o Vitória levou o segundo gol aos 41 do segundo tempo e viu escapar a chance de arrancar um ponto diante de um dos favoritos ao título. Agora, o Rubro-Negro baiano terá que se virar sem seu treinador no próximo duelo, contra o Atlético-MG, fora de casa.
Em tempos em que o futebol brasileiro vive um apagão técnico, punir a emoção é dar mais um passo rumo ao empobrecimento do espetáculo. Comemorar um gol — ainda mais diante do Flamengo e no calor da torcida baiana — é parte da alma do jogo. E alma, meus amigos, não pode ser engessada por burocracia de prancheta.
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