Brasileirão vira vitrine de craques estrangeiros
Presença de jogadores de fora triplica em dez anos no país
O Campeonato Brasileiro de 2025 começou com uma cara cada vez mais internacional. Já na primeira rodada, foram os gringos que roubaram a cena: um português e um argentino decidiram para o Vasco, um espanhol salvou o Corinthians, e um uruguaio abriu caminho para o triunfo do Grêmio. A presença de estrangeiros nos gramados brasileiros deixou de ser exceção e virou regra — e, ao que tudo indica, veio para ficar.
Neste ano, são 140 atletas de fora do país inscritos na competição, representando nada menos que 18 nacionalidades. Isso equivale a mais de 20% do total de jogadores no Brasileirão. Os argentinos lideram o pelotão com 47 nomes, seguidos por uruguaios e colombianos. E, embora o recorde ainda seja de 2024, com 164 estrangeiros, o mercado de meio de ano promete balançar as estruturas novamente.
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A razão? O Brasil, hoje, é um porto seguro financeiro e competitivo. A diferença de premiação é abissal. Enquanto o Botafogo, campeão brasileiro de 2024, levou mais de R$ 48 milhões, a LDU do Equador embolsou menos de R$ 7 milhões pelo título nacional. Essa disparidade tem atraído talentos jovens e veteranos, como o uruguaio Arrascaeta, que chegou em 2015 e já soma 15 títulos com o Flamengo.
A chegada dos estrangeiros não ocorre por acaso. Além da grana, pesa também a estrutura dos clubes e a abertura das regras: hoje, cada time pode escalar até nove jogadores de fora por partida. Ainda há resistência pontual — como a da Fenapaf, que teme a perda de espaço para os brasileiros —, mas a realidade é clara: o Brasileirão virou vitrine do continente, com cada vez mais sotaques nos vestiários e craques nos gramados.
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