Ex-campeão olímpico russo é forçado a se alistar para evitar prisão
Medalhista de ouro em Barcelona 1992 enfrenta dilema entre alistamento militar ou julgamento
Andrey Perlov, campeão olímpico na marcha atlética de 50 km nas Olimpíadas de Barcelona em 1992, está sendo pressionado pelas autoridades russas a se juntar às forças militares no conflito contra a Ucrânia. Preso em março sob acusação de desvio de fundos de um clube de futebol, Perlov, agora com 62 anos, vê-se diante de uma escolha: lutar na guerra ou enfrentar as consequências judiciais, com seu processo potencialmente "arquivado" ao final do serviço militar.
A estratégia russa de alistar criminosos condenados para suprir as necessidades do Exército já é conhecida, mas agora se estende a pessoas que aguardam julgamento. Isso transforma completamente o sistema jurídico do país, segundo advogados locais, que afirmam que a oferta de alistamento em troca do congelamento de processos tem se tornado comum.
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Para a família de Perlov, as acusações contra ele são infundadas, e eles acreditam que o ex-atleta está sendo forçado a escolher entre a sua liberdade ou a segurança nas trincheiras de guerra. Essa situação revela o quanto as autoridades russas têm pressionado até mesmo figuras públicas e ex-heróis nacionais em nome de seus interesses militares.
Enquanto isso, a Rússia continua a usar essa abordagem como uma forma de escapar das sanções legais, obrigando seus cidadãos a contribuírem com o esforço de guerra ou enfrentarem duras penalidades. A carreira esportiva e o prestígio de atletas como Perlov tornam-se meros detalhes frente às tensões políticas e militares atuais.
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