O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, encontra-se em uma posição delicada, enfrentando uma crise interna na entidade máxima do futebol brasileiro. 

Segundo informações do colunista Athos Moura, do O Globo, Rodrigues conta apenas com o apoio de três dos oito vice-presidentes da CBF.

Rompimentos públicos e desconfianças

O cenário de descontentamento torna-se ainda mais evidente com alguns dos vice-presidentes tornando público o rompimento com Rodrigues. Entre eles está Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), que enviou ofícios ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), ao Ministério Público (MPRJ) e ao consórcio Maracanã, atribuindo integral responsabilidade à CBF sobre o jogo Brasil e Argentina no Maracanã.

Além da falta de apoio, Ednaldo Rodrigues é acusado de descumprir acordos e esvaziar setores cruciais da CBF, especialmente a área de futebol, que permanece sem diretor desde a demissão de Juninho Paulista. A gestão do presidente na transição do cargo de treinador da seleção principal após a saída de Tite também é objeto de descontentamento.

Solidão no cenário internacional

O episódio em que Ednaldo Rodrigues foi nomeado conselheiro da Fifa destaca a atual situação de "solidão" enfrentada pelo presidente da CBF. O evento, realizado na própria sede da entidade, contou com a presença de Gianni Infantino, presidente da Fifa. No entanto, poucos presidentes de federações estiveram presentes, e alguns sequer foram convidados, evidenciando um isolamento percebido entre os líderes do futebol brasileiro.

A crise na CBF coloca em xeque a estabilidade da gestão de Ednaldo Rodrigues, que terá o desafio de lidar com as rupturas internas e buscar soluções para restabelecer a confiança entre os membros da entidade.