Aos 17 anos, Kawani Sofia despediu-se dos Jogos da Juventude com a prata no triatlo de duplas mistas, mas não sem deixar sua marca histórica: 15 medalhas em quatro edições da competição. Com cinco ouros, seis pratas e quatro bronzes no currículo, a pernambucana de alto astral prova que, mesmo enfrentando desafios como o racismo e até o roubo de sua bicicleta, seu talento é indomável. A jovem agora se concentra exclusivamente no ciclismo, com um sonho claro: o topo do mundo olímpico.

"Desde o começo sabia que nossa presença incomodaria. O sorriso negro, forte e resistente, ainda é um incômodo para muita gente, mas isso só me dá mais força para seguir. Quero inspirar outras pessoas, como a Bia Souza, campeã olímpica no judô, me inspira. Meu caminho está apenas começando, e vou continuar incomodando até alcançar o que desejo", declarou Kawani, confiante e determinada.

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Sua jornada nos Jogos da Juventude CAIXA João Pessoa 2024 não foi apenas sobre medalhas. Foi sobre luta, resiliência e representatividade. Com sua prata conquistada na Orla de Cabo Branco, ao lado de Guilherme Anegues, Kawani emocionou ao reconhecer o apoio que recebeu ao longo da carreira. "Hoje corri por mim, por ele e por todos que me ajudaram a chegar aqui. Gratidão é o que carrego no coração", destacou.

Agora, Kawani se prepara para uma nova fase. A pernambucana deixa o triatlo para focar no ciclismo, de olho nas Olimpíadas de 2028 ou 2032. "Cada conquista aqui foi um passo rumo ao meu objetivo maior. Quando alcançar o pódio olímpico, vou lembrar de tudo que vivi nesses jogos. É hora de focar e continuar avançando", afirmou. Kawani Sofia já é um nome para se guardar, não apenas pelas vitórias, mas pela força de quem transforma desafios em degraus rumo ao sucesso.