Em um feito histórico, a equipe brasileira de curling conquistou sua primeira vitória nas Olimpíadas de Inverno da Juventude, em Gangwon, na Coreia do Sul. Após garantir a primeira medalha da história do país no evento, o time formado por Rafaela Ladeira, Julia Gentile, Guilherme Melo e Pedro Ribeiro derrotou a Alemanha por 6 a 4 na quarta rodada do Grupo B na competição de equipe mista.

"Não tem palavras para descrever esse momento. A gente já chorou, já riu, já xingou, é algo que nunca vamos esquecer", afirmou Rafaela Ladeira, líder da equipe, em entrevista ao Olympics.com.

A emoção da conquista reflete o esforço dedicado pela equipe nos últimos 15 meses de treinamento intenso. A técnica Ísis Oliveira destacou: "É uma emoção muito grande, trabalhamos 15 meses com muito treino. As pessoas não têm noção do quanto você precisa trabalhar para chegar aqui e vencer. Tivemos um começo difícil, mas hoje podemos mostrar que o nosso potencial é grande."

O Brasil enfrentou desafios nas primeiras partidas do torneio, com derrotas para Coreia do Sul, Canadá e Dinamarca. A seleção brasileira ainda disputará mais três partidas na primeira fase contra Suíça, Itália e Grã-Bretanha.

Esta é a terceira participação do Brasil no curling nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. Nas edições anteriores, em Lillehammer-2016 e Lausanne-2020, a equipe enfrentou derrotas, mas o atual resultado positivo reforça a evolução do país na modalidade.

O curling, conhecido como "xadrez no gelo", consiste no lançamento de pedras em relação a um alvo. Destaca-se pelo uso de uma espécie de vassoura pelos jogadores, que contribui para deixar o gelo mais liso e possibilita o movimento das peças com maior facilidade. A prática do curling remonta ao século 16, nas paisagens congeladas da Escócia, e voltou ao programa olímpico em 1998 após sua inclusão inicial em 1924.