Vacinação contra gripe começa tímida em Feira de Santana
Quantidade de imunizantes recebida é suficiente para alcançar a demanda feirense
Começou nesta semana a vacinação contra a gripe, no município de Feira de Santana, assim como nos demais do Nordeste. A campanha é fruto de uma ação conjunta entre o Ministério da Saúde, o Instituto Butantan, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e prefeituras municipais. Tradicionalmente realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio, neste ano, a campanha teve início em março, em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país. A estimativa é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas.
Ana Célia, técnica de enfermagem da unidade Básica Saúde (UBS), do bairro Jardim Cruzeiro, diz que a quantidade de imunizantes recebida é suficiente para alcançar a demanda feirense. "As doses chegaram em nossa unidade desde segunda-feira (11) e estamos só aguardando o grupo que está disponível para vacinar. Diariamente temos mais de 200 doses, que serão aplicadas das 7 horas às 16 horas", diz.
O industriário Edy Martins, foi à unidade de saúde no primeiro horário para garantir a imunização. "Eu não sabia que a vacina já estava disponível e quando me falaram, vim logo tomar. Eu e a família tomamos todo ano e, além disso, a empresa que vou começar a trabalhar agora exige a vacina".
Fátima Sousa, que atua como técnica de saúde da UBS, do bairro Rua Nova, diz que a procura ainda está tímida e aquém das expectativas dos órgãos de saúde. "Estamos com uma média de 30 aplicações por dia, mas acho que a procura ainda está um pouco abaixo da nossa expectativa que era de fazer cerca de 50 aplicações por dia", conta.
Surtos de H5N1
Entre 2003 e 2023, foram registrados 874 casos e 458 mortes por influenza H5N1 em 23 países, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, foram relatadas à OMS três infecções humanas com vírus influenza A (H5 – não especificado), 84 casos pela cepa H5N6 e sete registros de infecção com o vírus H5N8.
A cepa da gripe aviária foi detectada pela primeira vez nas Américas, em aves, em dezembro de 2014. No início do ano, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) emitiu um alerta em resposta à crescente detecção de surtos de gripe aviária, em aves, em dez países da região das Américas.
A vacina da rede privada X Vacina do SUS
O imunizante da rede privada é tetravalente e protege contra quatro subtipos do vírus Influenza, dois subtipos de Influenza A (H3N2 e H1N1) e dois tipos de Influenza B. A vacina disponível no Programa Nacional de Imunizações (PNI) é trivalente, protegendo contra duas cepas do vírus Influenza A e uma do B.
Quem deve tomar a vacina da gripe?
A campanha de vacinação contra a gripe na rede pública é destinada a grupos considerados prioritários por terem maior risco de contrair a infecção e evoluir para um quadro grave. Juntos, o Ministério espera que 75 milhões de brasileiros sejam imunizados. São eles:
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
Trabalhadores da Saúde;
Gestantes;
Puérperas;
Professores dos ensinos básico e superior;
Povos indígenas;
Idosos com 60 anos ou mais;
Pessoas em situação de rua;
Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
Profissionais das Forças Armadas;
Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
Pessoas com deficiência permanente;
Caminhoneiros;
Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
Trabalhadores portuários;
Funcionários do sistema de privação de liberdade;
População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
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