SUS destina incremento financeiro para transplantes de órgãos em até 80%
Medida tem objetivo de ampliar capacidade dos centros transplantadores
Procedimentos relacionados aos transplante de órgãos e medula óssea que acontecem nos centros de transplantadores do Sistema Único de Saúde (SUS) vão receber do Ministério da Saúde um incremento financeiro progressivo de 40% a 80%. A medida tem o objetivo de ampliar a capacidade dos centros transplantadores do SUS.
O impacto pode chegar a R$56 milhões e o acréscimo tem o intuito de melhorar a qualidade dos serviços do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e também de influenciar os procedimentos pré e pós-transplante, além do tratamento de intercorrências pós-transplante.
O investimento foi configurado após uma revisão da proposta que instituiu o Programa de Qualidade no Processo de Doação e Transplantes (Qualidot), lançado em junho do ano passado. A avaliação foi motivada pelos problemas e riscos encontrados pela pasta em relação aos indicadores escolhidos e também na metodologia de análise e às metas estabelecidas.
De acordo com a Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes, os problemas poderiam impedir o aporte adequado de fundos aos serviços, o que poderia levar a um retrocesso do programa nacional de transplantes por impor um desequilíbrio financeiro aos centros transplantadores.
Por conta desta questão, o órgão de saúde efetuou a adequação dos indicadores, do método de cálculo e das metas, para permitir uma classificação mais adequada e pragmática dos centros transplantadores.
O incremento vai permitir ainda o fortalecimento das ações institucionais relativas à segurança do paciente e o estímulo à qualidade dos serviços integrantes do Sistema Nacional de Transplantes, melhorando, com isso, a assistência aos pacientes.
"O incentivo financeiro atrelado a indicadores de quantidade e qualidade adequados busca aumentar a capacidade instalada dos centros transplantadores do nosso país. Os números do primeiro semestre deste ano já apresentam um ótimo resultado e, com novos investimentos, podemos chegar ainda mais longe", esclareceu a ministra da saúde, Nísia Trindade.
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