As fraturas por estresse no joelho, embora silenciosas no início, representam um desafio significativo para atletas de alto rendimento e esportistas amadores. Causadas por cargas repetitivas que superam a capacidade do osso, essas lesões frequentemente atingem corredores, jogadores de futebol e adeptos de esportes de impacto.

O ortopedista Adriano Leonardi alerta para os principais fatores de risco, como doenças ósseas silenciosas e desregulações hormonais. "A osteopenia, por exemplo, pode passar despercebida até que o atleta comece a sentir dores intensas ou enfrente uma lesão mais grave", explica. Nas mulheres, condições como a tríade da mulher atleta – que inclui amenorreia e baixa densidade óssea – são particularmente preocupantes, enquanto, nos homens, o desequilíbrio hormonal também merece atenção.

📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp

O diagnóstico, muitas vezes tardio, pode ser desafiador. Métodos como a ressonância magnética têm sido fundamentais para identificar fraturas iniciais e prevenir complicações maiores. Ainda assim, muitos atletas ignoram os primeiros sinais, como dores difusas, agravando o quadro com a continuidade dos treinos.

A boa notícia é que a prevenção está ao alcance. O treinamento progressivo, aliado à nutrição balanceada e à suplementação de cálcio e vitamina D, desempenha papel essencial na saúde óssea. "Monitorar a densidade óssea regularmente é uma medida preventiva valiosa, principalmente para atletas de alta performance", orienta Leonardi.

Com o avanço da medicina esportiva, fraturas por estresse têm tratamento eficaz, desde intervenções conservadoras até cirúrgicas. Mas, como sempre digo no ar e nas coberturas esportivas: prevenir é melhor do que curar. Por isso, priorize a orientação profissional para manter o desempenho sem abrir mão da saúde.