Atividade física é aliada no combate à depressão, aponta estudo

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Atividade física é aliada no combate à depressão, aponta estudo

A pesquisa concluiu que os exercícios físicos são eficazes na redução dos sintomas depressivos, com destaque para caminhada e treinamento de força

Crédito: Reprodução X (Twitter) - @pedro_simoes

Um estudo publicado no British Medical Journal (BMJ) reforça a importância da atividade física como complemento no tratamento da depressão. 

Eficácia e benefícios da prática de exercícios

Os resultados do estudo demonstram que os efeitos do exercício são proporcionais à intensidade prescrita, ou seja, quanto maior a intensidade, maior o benefício. O estudo também encontrou evidências de que o exercício aumenta os efeitos de medicamentos antidepressivos, sendo um aliado importante no tratamento convencional.

O endocrinologista Guilherme Renke explica que a ação da atividade física está relacionada ao aumento da produção de substâncias como serotonina e dopamina no corpo, que melhoram a sensação de bem-estar. Além disso, o exercício também contribui para a redução do cortisol, o hormônio do estresse.

Diferenças entre gêneros e idades

O estudo também identificou diferenças nos efeitos da atividade física de acordo com o sexo e a idade dos participantes. Entre as mulheres, os treinos de força e ciclismo apresentaram maior efeito, enquanto que para os homens, os resultados foram melhores com yoga, tai chi e exercícios aeróbicos combinados com psicoterapia.

Para os participantes mais velhos, a prática de yoga e exercícios aeróbicos, juntamente com a psicoterapia, pareceu ser mais eficaz do que para os mais jovens, para os quais o treinamento de força apresentou melhores resultados.

Qual exercício escolher?

O psiquiatra Higor Caldato destaca que o mais importante é que o paciente deprimido se mantenha ativo, pois mesmo exercícios menos intensos podem ser benéficos.

"Ainda temos pouco consenso de qual o melhor exercício", afirma Caldato. "Estudos recentes sugerem que exercícios mais vigorosos, como o de força, podem ser mais interessantes por apresentarem maior liberação de endorfinas, mas outros mostram que os exercícios aeróbicos são excelentes por permitirem melhor irrigação sanguínea do cérebro."

A recomendação do especialista é que o paciente consulte um profissional para determinar a melhor modalidade, intensidade e frequência da prática de acordo com suas necessidades individuais.

Conclusão

O estudo reforça a importância da atividade física como um complemento importante no tratamento da depressão. A prática regular de exercícios pode trazer benefícios para pessoas de todas as idades e sexos, contribuindo para a melhora da saúde mental e qualidade de vida. 

 

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