Ministro Márcio França diz que 'Gol e Azul já toparam' passagens aéreas a R$ 200
A ideia do programa é evitar voos vazios e oferecer 15 milhões de passagens
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), afirmou que as companhias aéreas Gol e Azul, duas das maiores do Brasil, concordaram em participar do programa 'Voa, Brasil', que prevê a oferta de passagens aéreas de até R$ 200 para aposentados, estudantes e servidores com renda até R$ 6,8 mil.
"Elas [as empresas] estão formatando as ideias de como vão propor isso. Pelo menos duas já toparam e tenho certeza também que a Latam vai topar", disse França.
No programa, a definição dos voos que integrarão o Voa, Brasil ficará a critério das companhias. Com isso, não haverá regulação por parte do governo, que não irá subsidiar as passagens mais baratas.
A ideia do programa é evitar voos vazios, já que em média, as companhias áreas brasileiras operam com no máximo 80% de assentos ocupados dentro das aeronaves, enquanto os outros 20% ficam vazios. Nas contas de Márcio França, o cenário permite oferecer, anualmente, cerca de 15 milhões de passagens a R$ 200 com o objetivo de popularizar o acesso ao transporte aéreo.
"Durante vários períodos do ano, elas operam com ociosidade mesmo. Se as empresas encontrarem jeito de fornecerem essas vagas para as pessoas a preços menores, temos que comemorar. É super positivo que façam isso, e nós do governo temos que incentivar. Se eles encontrarem solução para equacionar essas vagas, a um preço que dê o limite de R$ 200, é pouco provável que não vá dar resultado, só que você tem que limitar", falou.
Em nota a Gol Linhas Aéreas disse que a companhia que nasceu com o propósito de democratizar a aviação no Brasil. "[Estamos] sempre à disposição para contribuir com o Governo na viabilização de um projeto que amplie ainda mais o acesso da população ao transporte aéreo", afirma.
Fábio Campos, da Azul, chama de absurdo o fato de moradores de países com dimensões menores, como Colômbia e Chile, viajarem mais de avião que os brasileiros. Por isso, ele diz que tudo que puder ser feito para aumentar o acesso ao modal aéreo no país vale a pena ser discutido.
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