Candidato toma posse como negro no TCE após banca dizer que ele é branco
Bruno Gonçalves Cabral assumiu cargo após liminar entender que houve contradição dos critérios avaliados
Um candidato assumiu provisoriamente o cargo de auditor fiscal no Tribunal de Contas da Bahia (TCE-BA) como pardo, após uma liminar da Justiça, embora a banca de heteroidentificação do concurso tenha apontado que ele é branco. Bruno Gonçalves Cabral tomou posse em 1° de outubro, alegando pele morena e autodeclaração como pardo, o que a banca da Fundação Getúlio Vargas (FGV) rejeitou duas vezes, descrevendo-o como "pele branca, nariz alongado e cabelos não crespos".
A disputa envolve um segundo candidato que contesta a posse, defendido pelo advogado Fábio Ximenes, que afirma que as cotas devem beneficiar quem realmente sofre discriminação racial. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) recorreu, sustentando que o processo seguiu o edital.
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A doutora em educação Dyane Brito, especialista em bancas de heteroidentificação, explica que o conceito de "pardo" é elástico, mas a análise considera não apenas características físicas, mas também experiências de discriminação. Segundo a defesa de Bruno Cabral, a banca da FGV não fundamentou adequadamente sua decisão, levando a Justiça a conceder a liminar, permitindo que ele permaneça no cargo até decisão final.
Fonte: G1
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