Vice do Novo, Franklin Franco, promete voucher de educação em Feira

PolíticaEleições 2024

Vice do Novo, Franklin Franco, promete voucher de educação em Feira

Candidato a vice-prefeito do Novo, Franklin Franco, promete instituir o voucher da educação em Feira 

Foi a última da série de entrevistas que jornalistas do Pool de Comunicação, liderado pelo Jornal Folha do Estado, realizaram com todos os candidatos a vice-prefeito de Feira.

O candidato a vice-prefeito de Carlos Medeiros (Novo) em Feira de Santana, Franklin Franco, participou, na manhã desta sexta-feira (20), da sabatina do Pool de Comunicação, liderado pelo Jornal Folha do Estado e com a maior cobertura online da cidade (Rádio Geral, TV Geral, Conectado News, Levante a Voz, Jornal Folha do Estado e Portal MF). Na entrevista, conduzida pelo jornalista Luiz Santos e moderada pelo jornalista Reginaldo Júnior, o candidato começou respondendo por que quer ser vice-prefeito de Feira de Santana.

"Sou filiado ao partido Novo há aproximadamente 10 anos, desde que foi fundado aqui em Feira de Santana. Fui o segundo ou terceiro filiado do partido. Sempre participei de articulações e alguns movimentos políticos, mas nos bastidores, junto com a minha classe, a contábil, temos o interesse no crescimento da cidade, na abertura ao empreendedorismo. O partido formou uma chapa de vereadores com a pretensão de lançar candidatura a prefeito, pois nas eleições passadas tivemos uma lacuna. Fui convidado, então, para compor a chapa com Carlos Medeiros como vice. Aceitei o convite por acreditar que mais do mesmo não traz novidade. Quem está no poder há mais de 20 anos, assim como o governo do estado, que vai trazer um candidato para Feira, não melhorou nenhum índice de qualidade de vida.

Educação

O contador de formação critica a gestão da verba da educação na cidade, principalmente da merenda escolar.

"Antes, a merenda escolar era toda fornecida pelas escolas, mas o município contratou uma empresa para fornecer para todas as escolas. Antes do processo, eram 16 milhões de reais gastos na merenda, e depois desse processo, a empresa foi contratada com orçamento de 84 milhões, de acordo com a APLB, que nos passou essa informação. A pergunta é: esses meninos estão comendo o quê lá? Se formos às escolas observar, vamos encontrar 4 ou 5 biscoitos, um suco em pó, mas, por esse valor, era para comer camarão pistola. Feira de Santana tem o 8º maior polo logístico do Brasil. Será que o custo de armazenamento dessa merenda toda é isso tudo? Alimento é perecível, você não pode comprar um alimento em janeiro para consumir em dezembro. Qual a média de salário de um nutricionista hoje? Precisa de um nutricionista para cada escola ou faz um cardápio para todas? Fica tudo imbuído de fantasia essa explicação. Era para estarmos com o melhor Ideb do Brasil pelo orçamento que recebemos."

Escolas públicas para escolas privadas

"Vamos instituir o voucher da educação, dar o crédito para a família matricular o filho onde quiser, seja na escola pública ou privada; os pais vão decidir. Vai haver essa migração da escola pública para a privada, e vamos investir em jornada pedagógica, trazer métodos como em Joinville, onde há avaliação por classe e por desempenho. Vamos trazer esse modelo para Feira. Com essa migração para a rede privada, vamos colocar qualidade, melhorar a nota com o recurso que temos, que não é pouco. Isso vai mudar em Feira. Vamos para a rede privada com o voucher e, depois, voltar, porque a escola pública será melhor. O que aconteceu com o estado que se propôs a ser o provedor de saúde, segurança e educação e não entrega isso?"

Polarização

Franklin defende a libertação de viés político em Feira e critica a polarização.

"Quando vemos os índices de rejeição de um dos Zés batendo 40%, e o outro com mais de 20%, o povo não pode ficar apenas nesse maniqueísmo: 'Zé 1 é tudo de ruim, Zé 2 é tudo de bom'. Esqueçam isso. Todo mundo tem virtudes e defeitos. Temos que parar de tratar política como se fosse um Ba-Vi, um Fla-Flu. Todos têm virtudes e qualidades, mas as virtudes desses candidatos não foram suficientes para vermos uma Feira de Santana melhor. Onde não precisemos reclamar de buraco na rua, de falta de dipirona na UPA, ou de um exame de imagem que demora meses para um diagnóstico de uma doença grave. Não dá mais para viver assim. Vamos nos libertar disso, acreditar no novo, acreditar que podemos mudar e colocar na nossa cabeça que somos os detentores do mandato, enquanto eleitores, e que devemos dar oportunidade para quem sabe fazer gestão. O problema de Feira não é falta de dinheiro, é falta de gestão."

Duplicação da Artêmia Pires

O candidato do Novo afirma que não acredita que a obra da duplicação da Artêmia Pires saia do papel.

"A duplicação da Artêmia, por exemplo. Era óbvio que aquilo iria congestionar, e agora querem desapropriar as áreas. Imaginem chegar aos condomínios e dizer: 'Olha, vou ter que tirar dois metros da sua frente'. Sabem quanto custa o metro quadrado para fazer essa desapropriação? E se alguém não aceitar? Vai acontecer como no Campo São Paulo, onde um senhor permaneceu por anos até aceitar o acordo. Essa duplicação da Artêmia não vai sair, estão mentindo para vocês. Quantos condomínios têm ali para fazer o recuo?"

Turismo e lazer

De acordo com Franco, Feira de Santana tem um potencial turístico que vem sendo negligenciado pelo poder público.

"Temos uma costa brasileira de mar. Aqui em Feira, gostamos muito de veranear na praia, mas há diversos estados sem mar e com muito turismo. O que tem lá que aqui não tem? Podemos trazer isso para cá. Estive em Petrolina outro dia e a orla lá é lotada de pessoas, fica à beira do rio. O que tem lá que aqui não tem? Temos o Rio Jacuípe, que é ótimo, onde já tentaram fazer esse empreendimento, mas não teve incentivo do poder público. Se chamarmos o pessoal do entretenimento de Feira e dissermos que vamos incentivar, dar isenção para instalar um bom restaurante, uma área de lazer com parque infantil na Lagoa do Jacaré, isso pode dar certo. A contrapartida seria manter o rio limpo. Como temos um rio desses sem infraestrutura?"

Cultura

O candidato defende o patrocínio privado na Micareta como forma de alavancar a festa.

"A Micareta parou de ouvir a iniciativa privada. O município só arrecada e não gera dinheiro; é um sócio que ninguém pediu para ter. Você pode ter prejuízo como empresário, mas tem que pagar seu imposto, porque o poder público não quer saber se seu negócio deu lucro. É preciso chamar a iniciativa privada e perguntar por que perderam o interesse, o que é preciso para trazer isso de volta. Porque o Carnaval no Rio, em São Paulo e Salvador só cresce? O que aqui é diferente? Vamos chamar a cervejaria, por exemplo, e solicitar um projeto para trazer aqui para Feira. Será que eles não querem essa publicidade gratuita? Precisamos ouvir quem sabe fazer. Aparentemente, o poder público não está sabendo investir em turismo, lazer e cultura em Feira. A festa de Parintins, por exemplo, é longe e difícil de chegar, e mesmo assim bomba. Por que a Micareta de Feira não é assim?"  

 

Comentários:

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Já Registrado? Acesse sua conta
Visitante
Domingo, 22 Setembro 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.jornalfolhadoestado.com/