Aos 34 anos, Thomas Müller parece estar de saída do Bayern de Munique. Ídolo histórico do gigante alemão, o meia-atacante até foi ventilado no Internacional, mas a conversa esbarrou onde geralmente emperra: no bolso. Informações do jornal alemão Bild animaram o torcedor colorado por um momento, mas a realidade financeira logo esfriou os ânimos. Fontes do clube gaúcho negaram qualquer tratativa e foram diretas: o custo é inviável.

E é fácil entender por quê. Müller fatura atualmente cerca de 15 milhões de euros por ano — algo em torno de R$ 100 milhões. Isso significa um rendimento mensal acima dos R$ 8 milhões. Para se ter ideia, nenhum jogador do Inter passa da faixa dos R$ 2 milhões por mês. Ou seja, o alemão embolsa, no mínimo, quatro vezes mais do que o maior salário do Beira-Rio. A conta simplesmente não fecha.

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Dentro de campo, Müller tem um currículo de fazer inveja a qualquer um: 724 jogos, 33 títulos, duas Champions League e 12 taças da Bundesliga. Mas nesta temporada, a idade e o banco falaram mais alto. Foram 34 partidas, mas com média de apenas 37 minutos em campo. O craque vive os últimos lampejos da carreira, ainda com talento de sobra, mas num ritmo bem mais contido.

Para o torcedor colorado, a notícia virou sonho distante. Para o futebol brasileiro, um lembrete duro: ainda estamos longe — muito longe — da prateleira europeia em termos financeiros. Müller até pode cruzar o Atlântico, mas dificilmente vestirá vermelho em Porto Alegre.