No futebol das cifras astronômicas, a Premier League segue como referência — e isso vale também para o que se paga fora das quatro linhas. Entre janeiro de 2024 e o início de 2025, os clubes da elite inglesa destinaram mais de 409 milhões de libras (cerca de R$ 3,1 bilhões) apenas em comissões para empresários. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, dia 14 de abril, pela Federação Inglesa (FA), escancarando o tamanho da engrenagem financeira que move o principal campeonato nacional do planeta.

No topo da lista está o Chelsea, que gastou sozinho mais de 60 milhões de libras (R$ 462,6 milhões) com agentes. Ainda assim, o clube londrino conseguiu reduzir esse número em relação ao ciclo anterior. Em seguida vem o Manchester City, que também ultrapassou a casa dos 50 milhões. Números de outro mundo, que confirmam o quanto o mercado inglês valoriza – e depende – dos intermediários nas transações milionárias de seus elencos.

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O relatório da FA abrange desde a Premier League até as divisões inferiores e também contempla as duas principais categorias do futebol feminino no país. Curiosamente, enquanto a bola rola com intensidade e qualidade, fora de campo os bastidores fervem com cifras que, muitas vezes, superam orçamentos inteiros de clubes sul-americanos. É o futebol negócio em seu estado mais bruto e escancarado.

E o Chelsea ainda tem mais com o que se preocupar. Apesar do lucro registrado na última temporada, parte dessa receita veio de empresas ligadas ao dono do clube, Todd Boehly – o que não é considerado pela Uefa nos critérios de fair play financeiro. Agora, o clube tenta negociar para transformar uma possível sanção em multa. Mas o sinal de alerta está aceso. Afinal, no futebol moderno, gastar muito virou rotina — mas prestar contas é exigência.