O Rio Open, tradicional torneio de tênis da América do Sul, enfrenta um dilema importante para seu futuro: a possível troca do saibro do Jockey Club por quadra dura. A mudança de superfície visa aumentar o apelo do evento e atrair mais jogadores do topo do ranking mundial. A discussão surge após a vitória do argentino Sebastián Báez, consolidando a presença da Argentina como uma das potências no saibro carioca, junto à Espanha.

Os organizadores não escondem a necessidade de renovação para garantir um crescimento ainda maior. Com a quadra rápida sendo a preferida da elite, especialmente no início do ano, o torneio se vê à mercê da concorrência de eventos como os de Doha e Acapulco. O diretor do evento, Lui Carvalho, reconhece que um piso mais rápido poderia ampliar o leque de opções de atletas e trazer mais visibilidade ao evento, mas ressalta que é uma decisão que envolve múltiplos fatores.

📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp

No entanto, a troca divide opiniões entre os jogadores. Campeões como Marcelo Melo acreditam que a mudança seria benéfica para atrair novas figuras ao circuito, especialmente com o avanço de jogadores como João Fonseca. Já outros, como o ex-tenista Thomaz Bellucci, argumentam que uma mudança de piso precisa ser acompanhada de uma transformação mais ampla no circuito sul-americano. Caso contrário, o Rio Open poderia perder sua identidade, que está intimamente ligada ao saibro.

A possibilidade de mudança, inclusive de sede, também é cogitada, com o Parque Olímpico, na zona oeste da cidade, sendo uma opção. Contudo, figuras como o próprio Melo e o ex-duplista Bruno Soares são contra, ressaltando que o charme do Jockey Club e a proximidade com o público carioca seriam difíceis de replicar em outro local. O Rio Open segue com esse debate em aberto, e o que não falta são opiniões e interesses sobre o futuro do torneio.