No lendário Brasil de 1970, Everaldo brilhou de forma discreta, mas essencial. Enquanto craques como Pelé e Rivellino encantavam com jogadas memoráveis, o lateral do Grêmio desempenhava um papel de base sólida, com desarmes precisos e passes confiáveis. Em uma seleção com tantas estrelas, coube a ele ser o pilar defensivo, colaborando para um dos maiores times da história do futebol.

A consagração pelo tri também impulsionou Everaldo a seguir uma carreira política, honrada pela relação próxima com o então presidente Emílio Garrastazu Médici. Contudo, o destino interrompeu bruscamente sua trajetória: em 1974, um trágico acidente de carro tirou a vida de Everaldo, aos 30 anos, deixando uma filha sobrevivente e uma legião de fãs no Rio Grande do Sul, que sempre o reverenciaram.

📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp

Everaldo permanece vivo na memória gremista, imortalizado pela estrela dourada na bandeira do clube, homenagem ao primeiro jogador gaúcho campeão do mundo. Seu estilo firme e comprometido inspirou gerações de torcedores que veem nele um símbolo de luta e lealdade. Mais do que um herói do Grêmio, ele foi um símbolo do que representa o futebol.

Mesmo com uma carreira interrompida, Everaldo deixou um legado de competência e humildade, lembrado não apenas por seus feitos em campo, mas também pelo caráter que demonstrou fora dele. Em uma época marcada pela exuberância de grandes craques, o gaúcho soube marcar seu nome de maneira única – discreta, porém indelével.