O fisiculturismo é uma arte que vai além da mera exibição muscular. Na 60ª edição do Mr. Olympia, que acontecerá de 10 a 13 de outubro em Las Vegas, Ramon Dino, maior nome brasileiro na modalidade, busca a perfeição em poses para conquistar o tão almejado título. Vice-campeão em 2022 e 2023, Dino não apenas se destaca pela musculatura e simetria, mas agora precisa se tornar um mestre em apresentação, um aspecto crucial em competições de alto nível.

A concorrência é feroz, especialmente contra o pentacampeão Chris Bumstead, conhecido por sua habilidade excepcional na apresentação. O árbitro Terrick El Guindy, que já analisou os dois atletas, acredita que Dino tem potencial, mas ainda carece da finesse que faz de Bumstead um ícone. A pose "side chest" do canadense, considerada uma das melhores da história do fisiculturismo, é um exemplo do que Dino deve aspirar a alcançar. Ele não pode apenas melhorar suas poses, mas sim dominá-las para se igualar a um mestre.

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Dino adotou uma nova estratégia para sua preparação em relação aos anos anteriores. Ao invés de manter suas condições em segredo, ele tem compartilhado seu progresso nas redes sociais, mostrando uma evolução clara em sua forma física. Essa transparência gera expectativa e ansiedade, especialmente após o vice-campeonato no Arnold Classic Ohio 2024, onde foi surpreendido pelo holandês Wesley Vissers. Agora, com a confiança renovada, Dino está determinado a não apenas competir, mas a voltar ao Olympia com a mentalidade de conquistar o ouro para o Brasil.

Em meio a provocações e críticas, o brasileiro mantém um discurso otimista e firme. "Ramon é Brasil, e o Brasil é Ramon", diz ele, prometendo que voltará para colocar o país no topo do pódio. As Olimpíadas estão batendo à porta, e o mundo do fisiculturismo observa atentamente como esse atleta em ascensão enfrentará os desafios de Las Vegas.