A Coreia do Norte surpreendeu o mundo esportivo ao erguer duas taças de Copas do Mundo em um curto intervalo de um mês e meio, com suas seleções sub-17 e sub-20. Em tempos em que o país é lembrado mais por testes balísticos do que por conquistas esportivas, as jovens atletas norte-coreanas mostraram habilidade e resiliência ao vencer finais contra equipes tradicionais, como a Espanha. Segundo Salman bin Ibrahim Al Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol, o país "lança uma rede dinâmica de futuras estrelas."

O caminho das norte-coreanas, porém, não é simples. A formação dessas atletas começa cedo, com jovens promissoras sendo transferidas para centros de treinamento na capital, onde recebem um preparo rígido tanto técnico quanto físico. Esse método, aliado ao desejo de "agradar ao líder Kim Jong Un," como afirmou o goleiro Park Ju Gyong após a vitória, cria uma equipe focada e disciplinada, atributos que se destacaram na recente conquista.

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Historicamente, as mulheres norte-coreanas têm desempenhos superiores aos dos homens em diversas modalidades, uma realidade que se reflete nos títulos recentes. Durante os Jogos Asiáticos de Hangzhou, as atletas femininas conquistaram dez das onze medalhas do país. Além do condicionamento físico intenso, especialistas como Lee Sang-yoon apontam a "resiliência e a rígida adesão às táticas" como grandes trunfos dessas jogadoras.

Com um desejo intenso de elevar o prestígio nacional, essas conquistas esportivas ganham grande destaque em um país onde o esporte feminino recebe atenção estratégica do Estado. No próximo ano, as jovens norte-coreanas seguirão enfrentando novos desafios no cenário internacional, levando consigo o orgulho de uma nação que, ao menos no gramado, parece determinada a conquistar respeito e admiração.