O Botafogo, que atravessa uma fase complicada em 2025, vive agora um dos maiores desafios da Era Textor: a equipe está há 49 dias sem um técnico efetivo, após a saída de Artur Jorge no início de janeiro. A derrota por 2 a 0 para o Racing, pela Recopa Sul-Americana, foi apenas o reflexo de uma situação que, infelizmente, já se tornou habitual na gestão do empresário John Textor. O alvinegro acumula mais de seis meses sem um comandante definitivo desde que o empresário assumiu o controle da SAF, o que equivale a quase 16,5% do tempo de sua administração.

A instabilidade nos comandos técnicos não é novidade para o Botafogo. Ao longo dos três anos de Textor à frente do clube, a equipe já enfrentou diversos períodos sem treinador efetivo. O mais recente intervalo de 49 dias é apenas o último de uma série que começou logo no início da Era Textor, em 2022. Entre a demissão de Enderson Moreira e a chegada de Luís Castro, o alvinegro passou 42 dias com interinos. Isso sem contar outros momentos em que a diretoria demorou para decidir, como os 43 dias entre a saída de Bruno Lage e a chegada de Tiago Nunes, ou os 43 dias até Artur Jorge em 2024.

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A falta de continuidade no comando técnico prejudica a equipe de diversas formas, especialmente em um momento de recuperação e ajustes necessários. A rotatividade de treinadores tem sido um entrave para a estabilidade e evolução do elenco. Além disso, com o campeonato em andamento, a indefinição sobre quem será o próximo treinador pode agravar ainda mais a situação do clube, que precisa urgentemente de uma identidade sólida para enfrentar os desafios da temporada.

É preciso que o Botafogo se reestruture não só dentro de campo, mas também na sua gestão técnica. O clube não pode continuar sendo refém de interinos e vacilos na escolha de seu comandante. A permanência de um treinador por mais tempo não só ajudaria a estabilizar a equipe, mas também a recuperar o respeito da torcida, que já começa a se impacientar com essa sucessão de erros de planejamento.