Museu Casa do Sertão promove Feira de Cordel
A atividade busca celebrar e compartilhar saberes e fazeres do ofício
No dia 30 de junho, o Museu Casa do Sertão promoverá a ação cultural Feira de Cordel: Cordelistas, Xilógrafos e Folheteiros e contará com a presença dos cordelistas Nivaldo Cruz, Romildo Alves, Franklin Maxado, Jurivaldo Alves e Domingos Paixão. A atividade busca celebrar e compartilhar saberes e fazeres do ofício do cordelista, ao reunir atores e as etapas de composição e ilustração dos conhecidos folhetos, potencializando a circularidade entre saberes culturais acadêmicos e populares.
A Literatura de Cordel, comumente, atribuída como de origem da cultura portuguesa, a partir do século XIX, com a introdução impressa no Brasil, assume contornos relevantes na região Nordeste. Os impressos registram as narrativas orais que povoam o imaginário popular e nos dias atuais, também, caracterizam a dinâmica e a diversidade cultural brasileira, notadamente, dos seus poetas, temáticas e leitores.
A ação teve início com a atuação do Professor Visitante do Programa de bolsas Fulbright, Andrew Milacci da Liberty University, por meio da disciplina "Literatura e Cultura Popular", com o estudo da história do cordel; sua manifestação e evolução no Brasil; a influência no cinema, bem como no mito de Lampião; realização de oficina de xilogravura e na pós-graduação em Estudos Literários, no componente "Literatura e História", e agora se desdobram nessa produção colaborativa com apoio do Gabinete da Reitoria, da PROEX, da Rede de Museus da UEFS e do Concurso ZOORDEL de Literatura de Cordel.
A programação ocorrerá no dia 30 de junho, das 9 às 11h30, na Biblioteca Central Julieta Carteado. A data é significativa, pois, nesse dia, o Museu Casa do Sertão completará 44 anos de atuação como unidade museológica da UEFS, o ensejo portanto, é propício para celebrar e propagar o cordel e seu papel como promotor e valorizador da cultura popular na região de Feira de Santana.
Cordelistas
Domingos José da Paixão, conhecido como Domingos santeiro, nasceu em Lagarto, estado de Sergipe, filho de José Joaquim da paixão e Dona Maria Senhora dos Santos. Viveu sua infância e adolescência no sertão de Sergipe. Foi lavrador, pedreiro, camelô, ourives, comerciante, vaqueiro, ator, cantor. Contudo, foi como santeiro e poeta que radicou-se em Feira de Santana, na Bahia. E vivendo, também, do antiquário que possui no distrito de Maria Quitéria, o São José, despertou o interesse pela restauração de imagens sacras.
Atua também como oficineiro em arte e educação, realizando atividades em escolas públicas de Feira e de outras cidades da Bahia. É autor do projeto Rodas de Poesia e Cantoria, que reúne, em seu antiquário, dezenas de poetas e artistas da cultura popular, ao menos três vezes ao ano. Considerado um dos mais hábeis declamadores do poeta Patativa do Assaré. É autor dos títulos Uma viagem em cordel, O drama da seca, o homem do semiárido, A princesa Açucena, O cordel das antiguidades, Porque deixei minha terra, entre outros.
Franklin Cerqueira Machado, ou melhor, Franklin Maxado ou "Maxado Nordestino", nasceu em Feira de Santana, é cordelista profissional desde 1975, quando deixou o Jornalismo e a Advocacia nos quais tem diplomas universitários. Além de poeta é xilógrafo, fazendo palestras sobre Cordel e Folclore, bem como apresentador de cantoria de Viola, Forró e Capoeira.
Tem cerca de 300 títulos publicados e livros sobre Cordel pela Editora Codecri/Pasqui do Rio de janeiro, além de livros de poemas eruditos. Dirigiu dois museus da UEFS: o Regional de Arte e o da Casa do Sertão. Foi presidente da Academia Feirense de Letras e também (interinamente) do IHGFS - Instituto Histórico e Geográfico.
Jurivaldo Alves da Silva nasceu na cidade de Baixa Grande, onde conheceu os primeiros títulos de Literatura de Cordel, adquiridos na feira livre daquela cidade. Por não saber ler, "pedia para fazer a leitura em voz alta" a fim de exercitar a memorização dos versos e declamar nos serões nas fazendas da região.
Através dos folhetos "A carta de satanás para Roberto Carlos" e "A morte do motorista e a vingança do cigano", ambos de Rodolfo Coelho Cavalcante, começa de fato a vida de folheteiro, compondo uma guia "para vender cordéis.
Por mais de dez anos, esteve presente no seu "escritório a céu aberto", espaço herdado a partir da condição de discípulo de Antônio Alves da Silva. Sua presença naquele espaço promoveu o recrudescimento da literatura de cordel em Feira de Santana, inclusive com a promoção do encontro de outros poetas populares.
É idealizador da Praça do Cordel na Feira do Livro – Festival Literário e Cultural de Feira de Santana promovida pela UEFS e mantém às suas expensas o projeto O Museu do Cordel. A atuação como folheteiro o incentivou a escrever poesia popular, mantendo com a filha Patrícia Oliveira da Silva profícua parceria. É autor da "Biografia do Cordel", "Cangaceiro: Jesuínio, o brilhante" e "Histórias de motoristas".
Nivaldo Cruz Cerqueira, nasceu em Feira de Santana. É Bacharel em Administração, Professor do Ensino Superior e Radialista. Acreditando na Cultura Popular como fator necessário para um mundo mais humano e solidário, muito melhor para se viver e sendo nascido e apaixonado pelo Nordeste do Brasil, deu-se como missão de vida ser Divulgador da Boa Cultura Nordestina.
Gosta de escrever versos matutos ligados a vida e a natureza do sertão Nordestino. Não se considera Poeta, preferindo ser reconhecido como um Escrevinhador de Versos, Um Brincador de Palavras; Dentro desta perspectiva criou vários meios para divulgá-la, como: Projeto Cultural Oxe Oxente(Rádio WEB, site e Canal do YouTube); Apresenta todas as sextas-feiras, o quadro Poesia e Poetas do Sertão, no Programa Manhã 96, na Rádio Princesa FM. Apresenta pelo Instagram e pelo Facebook, o Ao Vivo LAIVE O SEU, QUE EU LAIVO O MEU; Apresenta no Canal Oxe Oxente, no YouTube os programetes UM REPENTE DOS MESTRES DO REPENTE e BOCAPIU OXE OXENTE; No TIKTOK, apresenta o MINHAS ESCREVINHAÇÕES e UM REPENTE DOS MESTRES DO REPENTE; também apresenta o PodCast ÊTA, É CORDEL!
Quando convidado leva para eventos em Instituições, Igrejas e empresas o Projeto ACORDANDO PRO CORDEL, onde fala sobre grandes Poetas Populares Nordestinos e declama algumas das obras destes.
Romildo Carneiro Alves é mestre em Estudos Literários pela UEFS, nasceu em Riachão do Jacuípe e reside em Feira de Santana. Filho de vaqueiro morou muito tempo em fazenda, onde começou a desenvolver os primeiros versos. A paisagem e os costumes sertanejos lhes forjaram um poeta que reflete em seus cordéis o orgulho em fazer parte desse cenário ímpar.
A Literatura de Cordel, comumente, atribuída como de origem da cultura portuguesa, a partir do século XIX, com a introdução impressa no Brasil, assume contornos relevantes na região Nordeste. Os impressos registram as narrativas orais que povoam o imaginário popular e nos dias atuais, também, caracterizam a dinâmica e a diversidade cultural brasileira, notadamente, dos seus poetas, temáticas e leitores.
A ação teve início com a atuação do Professor Visitante do Programa de bolsas Fulbright, Andrew Milacci da Liberty University, por meio da disciplina "Literatura e Cultura Popular", com o estudo da história do cordel; sua manifestação e evolução no Brasil; a influência no cinema, bem como no mito de Lampião; realização de oficina de xilogravura e na pós-graduação em Estudos Literários, no componente "Literatura e História", e agora se desdobram nessa produção colaborativa com apoio do Gabinete da Reitoria, da PROEX, da Rede de Museus da UEFS e do Concurso ZOORDEL de Literatura de Cordel.
A programação ocorrerá no dia 30 de junho, das 9 às 11h30, na Biblioteca Central Julieta Carteado. A data é significativa, pois, nesse dia, o Museu Casa do Sertão completará 44 anos de atuação como unidade museológica da UEFS, o ensejo portanto, é propício para celebrar e propagar o cordel e seu papel como promotor e valorizador da cultura popular na região de Feira de Santana.
Cordelistas
Domingos José da Paixão, conhecido como Domingos santeiro, nasceu em Lagarto, estado de Sergipe, filho de José Joaquim da paixão e Dona Maria Senhora dos Santos. Viveu sua infância e adolescência no sertão de Sergipe. Foi lavrador, pedreiro, camelô, ourives, comerciante, vaqueiro, ator, cantor. Contudo, foi como santeiro e poeta que radicou-se em Feira de Santana, na Bahia. E vivendo, também, do antiquário que possui no distrito de Maria Quitéria, o São José, despertou o interesse pela restauração de imagens sacras.
Atua também como oficineiro em arte e educação, realizando atividades em escolas públicas de Feira e de outras cidades da Bahia. É autor do projeto Rodas de Poesia e Cantoria, que reúne, em seu antiquário, dezenas de poetas e artistas da cultura popular, ao menos três vezes ao ano. Considerado um dos mais hábeis declamadores do poeta Patativa do Assaré. É autor dos títulos Uma viagem em cordel, O drama da seca, o homem do semiárido, A princesa Açucena, O cordel das antiguidades, Porque deixei minha terra, entre outros.
Franklin Cerqueira Machado, ou melhor, Franklin Maxado ou "Maxado Nordestino", nasceu em Feira de Santana, é cordelista profissional desde 1975, quando deixou o Jornalismo e a Advocacia nos quais tem diplomas universitários. Além de poeta é xilógrafo, fazendo palestras sobre Cordel e Folclore, bem como apresentador de cantoria de Viola, Forró e Capoeira.
Tem cerca de 300 títulos publicados e livros sobre Cordel pela Editora Codecri/Pasqui do Rio de janeiro, além de livros de poemas eruditos. Dirigiu dois museus da UEFS: o Regional de Arte e o da Casa do Sertão. Foi presidente da Academia Feirense de Letras e também (interinamente) do IHGFS - Instituto Histórico e Geográfico.
Jurivaldo Alves da Silva nasceu na cidade de Baixa Grande, onde conheceu os primeiros títulos de Literatura de Cordel, adquiridos na feira livre daquela cidade. Por não saber ler, "pedia para fazer a leitura em voz alta" a fim de exercitar a memorização dos versos e declamar nos serões nas fazendas da região.
Através dos folhetos "A carta de satanás para Roberto Carlos" e "A morte do motorista e a vingança do cigano", ambos de Rodolfo Coelho Cavalcante, começa de fato a vida de folheteiro, compondo uma guia "para vender cordéis.
Por mais de dez anos, esteve presente no seu "escritório a céu aberto", espaço herdado a partir da condição de discípulo de Antônio Alves da Silva. Sua presença naquele espaço promoveu o recrudescimento da literatura de cordel em Feira de Santana, inclusive com a promoção do encontro de outros poetas populares.
É idealizador da Praça do Cordel na Feira do Livro – Festival Literário e Cultural de Feira de Santana promovida pela UEFS e mantém às suas expensas o projeto O Museu do Cordel. A atuação como folheteiro o incentivou a escrever poesia popular, mantendo com a filha Patrícia Oliveira da Silva profícua parceria. É autor da "Biografia do Cordel", "Cangaceiro: Jesuínio, o brilhante" e "Histórias de motoristas".
Nivaldo Cruz Cerqueira, nasceu em Feira de Santana. É Bacharel em Administração, Professor do Ensino Superior e Radialista. Acreditando na Cultura Popular como fator necessário para um mundo mais humano e solidário, muito melhor para se viver e sendo nascido e apaixonado pelo Nordeste do Brasil, deu-se como missão de vida ser Divulgador da Boa Cultura Nordestina.
Gosta de escrever versos matutos ligados a vida e a natureza do sertão Nordestino. Não se considera Poeta, preferindo ser reconhecido como um Escrevinhador de Versos, Um Brincador de Palavras; Dentro desta perspectiva criou vários meios para divulgá-la, como: Projeto Cultural Oxe Oxente(Rádio WEB, site e Canal do YouTube); Apresenta todas as sextas-feiras, o quadro Poesia e Poetas do Sertão, no Programa Manhã 96, na Rádio Princesa FM. Apresenta pelo Instagram e pelo Facebook, o Ao Vivo LAIVE O SEU, QUE EU LAIVO O MEU; Apresenta no Canal Oxe Oxente, no YouTube os programetes UM REPENTE DOS MESTRES DO REPENTE e BOCAPIU OXE OXENTE; No TIKTOK, apresenta o MINHAS ESCREVINHAÇÕES e UM REPENTE DOS MESTRES DO REPENTE; também apresenta o PodCast ÊTA, É CORDEL!
Quando convidado leva para eventos em Instituições, Igrejas e empresas o Projeto ACORDANDO PRO CORDEL, onde fala sobre grandes Poetas Populares Nordestinos e declama algumas das obras destes.
Romildo Carneiro Alves é mestre em Estudos Literários pela UEFS, nasceu em Riachão do Jacuípe e reside em Feira de Santana. Filho de vaqueiro morou muito tempo em fazenda, onde começou a desenvolver os primeiros versos. A paisagem e os costumes sertanejos lhes forjaram um poeta que reflete em seus cordéis o orgulho em fazer parte desse cenário ímpar.
Seu trabalho é elaborado numa linguagem mesclada entre "Formalidades Informais" e "Informalidades Formais", termos que considera adequados para seu perfil sertanejo erudito. É autor dos cordéis Madalena das Mercês: a menina que virou cobra, Oferta e encomenda, Insegurança pública e outras consequências fúnebres, O erro do IBGE, Brasil: um negro por excelência, Minha irmã e o WhatsApp e o O surto no shopping Center.
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