Mostra da Diversidade Cultural 2024 proporciona três dias de imersão na arte feirense
Foram três dias de atividades realizadas no Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira (MAC)
Feira de Santana Notícias 24h - Teve manifestação de fé, referência à ancestralidade, música, dança, exposições, feira de afroempreendedoras, penteados afros, desfiles, encontros, partilhas, sorrisos, aprendizado e muita emoção. A edição 2024 da Mostra da Diversidade Cultural: Imagens da Cultura Popular proporcionou uma verdadeira imersão na pluralidade da arte produzida em Feira de Santana. Foram três dias de atividades realizadas no Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira (MAC), com início na noite de sexta-feira (22) e encerramento no domingo (24).
Impossível não ser tocado pelas vozes marcantes de Cescé Amorim e Timbaúba, resistir ao Samba do Rosário, não se arrepiar com a apresentação do grupo Luvemba, não se impactar com as expressões fotográficas e cores vibrantes dos quadros e artesanato e não entrar no ritmo envolvente do Roça Sound. Em toda parte do Museu, a cada instante, um atrativo despertava os sentidos.
Tudo isso como parte de um trabalho desenvolvido em Feira de Santana desde 2018 pela ONG Favela é Isso Aí, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da Belgo Arames. A iniciativa, que integra o programa Forma e Transforma, conta com o apoio da Fundação ArcelorMittal e Prefeitura de Feira de Santana, com realização do Ministério da Cultura e Governo Federal.
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Participante como público, a estilista Flávia Sacramento afirma que uma cidade com tantos artistas como Feira de Santana precisa de maior ocupação de espaço por eles e eventos como a Mostra favorecem isso. Segundo ela, durante toda a programação, o MAC foi ocupado de forma respeitosa e plural pela "cultura viva".
Um diferencial da edição deste ano é que, além de acolher as propostas dos inscritos no edital, a Mostra abriu espaço para ações dos alunos que participaram do curso de produção cultural Balaio de Feira, realizado pela Habitus Consultoria. Ao todo, foram 28 atrações, totalizando R$ 135 mil em premiações para artistas e grupos participantes.
A antropóloga e coordenadora pedagógica do projeto, Clarice Libânio, ressalta que a Mostra foi mais uma vez surpreendente e gratificante, reafirmando o quanto a cultura feirense é potente, forte, rica e merece valorização e apoio. "Nós, do Favela é Isso Aí, nos sentimos acolhidos, abraçados e cada vez mais participantes desse cenário cultural local. Estamos muito felizes de fazer parte dessa história", revela.
Uma das atrações do evento, o cantor Roberto Kuelho afirma que a Mostra proporciona visibilidade às raízes artísticas de forma inclusiva e fortalece a identidade cultural feirense. "Foi um evento incrível", frisa. E é complementado pelo coordenador geral do Moviafro, Val Conceição, cujo grupo também participou das apresentações. "Feira é uma cidade que pulsa cultura e eventos desse porte são extremamente necessários para valorização, potencialização e abertura dessas linguagens culturais".
Mesmo com o fim da Mostra, as exposições feitas pelos alunos dos cursos do Balaio da Feira seguem no MAC até o dia sete de dezembro. Além da participação no evento, cada artista e grupo vai realizar, posteriormente, uma ação de replicação, destinada a repassar e ensinar alguma arte, ofício, prática ou tradição para a formação de públicos e plateias.
Sobre Favela é Isso Aí
Comemorando 20 anos de atuação, Favela é Isso Aí surgiu como fruto do Guia Cultural de Vilas e Favelas de Belo Horizonte, publicado em agosto de 2004. A associação foi criada com o objetivo de proporcionar a construção da cidadania a partir do apoio e divulgação das ações de arte e cultura das periferias, além de promover geração de renda para os artistas, melhorar as condições do fazer artístico e acesso ao mercado cultural.
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