STF tem maioria contra exigência de separação judicial para divórcio
Ministro Luiz Fux defendeu que a regra aprovada no Congresso em 2010 não precisava de regulamentação
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria contra a necessidade de separação prévia, judicial ou de fato, para o divórcio de casais. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (8). A maior parte do tribunal já entende que é válida uma alteração na Constituição feita pelo Congresso em 2010, que retirou a exigência da separação para que um casal se divorciasse.
Votaram contra essa prévia necessidade o relator, ministro Luiz Fux, e os ministros Cristiano Zanin, André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
Há ainda uma divergência entre os ministros, no entanto. Mendonça, Kassio e Moraes entendem que, apesar de não ser uma exigência para o divórcio, a separação judicial não deixa de ser uma possibilidade válida.
Os outros ministros votaram por invalidar as normas sobre a separação judicial, seguindo o voto de Fux. Ao ler o seu voto, o ministro Luiz Fux defendeu que a regra aprovada no Congresso em 2010 não precisava de regulamentação para ter efetividade e que a alteração na Constituição buscou simplificar o rompimento do vínculo com a eliminação de condicionantes. Fux disse, ao votar, que "casar é direito e não dever, o que inclui manter-se ou não casado".
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