Conab diz que clima favorece cultivo em grande parte do Brasil
O estudo é referente às condições climáticas entre 1 e 21 de fevereiro
O clima continua favorecendo os cultivos na maior parte do país. É o que mostra o Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado nesta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo é referente às condições climáticas e espectrais dos cultivos de verão observadas entre os dias 1 e 21 de fevereiro e está disponível na página da Conab, na Internet.
As análises realizadas neste período indicam que o desenvolvimento dos cultivos de verão foi beneficiado por bons volumes de chuva em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Pará, Rondônia e na região que envolve os estados de Tocantins, Piauí, Bahia e Maranhão (Matopiba). Apesar da grande quantidade de precipitações, os danos por inundação e excesso de umidade nas operações de colheita foram pontuais. A semeadura e o desenvolvimento da segunda safra também contaram com condições favoráveis de clima nesses estados.
Ainda segundo o Boletim, a influência do fenômeno La Niña causou precipitações irregulares de baixo volume, ocorridas na porção oeste da região Sul e no sudoeste de Mato Grosso do Sul. A restrição hídrica e as altas temperaturas têm prejudicado o desenvolvimento de cultivos de verão na metade oeste do Paraná, de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Já as chuvas ocorridas também nos estados do Paraná e de Santa Catarina amenizaram a extensão das áreas sob restrição. Por outro lado, permanece a condição de atenção, principalmente nas lavouras em estágios reprodutivos.
O estudo mostra também que o índice de vegetação tem expressado o bom desempenho da primeira safra nos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e na região do Matopiba. Já nos estados da região Sul e no Sudoeste de Mato Grosso do Sul este índice tem se apresentado inferior, se comparado às safras anteriores devido à restrição hídrica.
O Boletim de Monitoramento Agrícola é um estudo feito pela Conab em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam). Também contribuem com ele diversos agentes colaboradores, por meio de dados pesquisados em campo.
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