Polícia prende três acusados de chacina de ciganos em Jequié
Crime tem relação com mortes de ciganos em restaurante de Feira de Santana
Mais de 50 policiais civis participam da Operação Hera, deflagrada pelo Departamento de Polícia do Interior (Depin), por meio da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Jequié), nesta terça-feira (5), em três municípios do interior da Bahia e na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Três acusados tiveram os mandados de prisão cumpridos nas primeiras horas da operação.
Durante as ações realizadas, com o apoio da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) e do Departamento de Inteligência Policial (DIP), também são cumpridos mandados de busca e apreensão contra envolvidos na chacina de seis ciganos, no município de Jequié, em outubro de 2023, quando uma mulher grávida e uma criança de cinco anos também foram vítimas de disparos de arma de fogo.
Também participam das ações equipes das Coordenações de Apoio Técnico a Investigação (Cati/Sede-Depin, Norte, Central e Sudoeste). A Operação Hera também tem o apoio da Polícia Militar.
Relação com crime em Feira de Santana
De acordo com a Polícia Civil, indícios apontam que as chacinas de Feira de Santana, que vitimou quatro pessoas em agosto do ano passado, e o ataque que resultou na morte de seis integrantes da mesma família, incluindo uma criança e um mulher grávida, no dia 5 de outubro, em Jequié, além de um homicídio um dia antes, em Rafael Jambeiro, teriam sido orquestradas pela mesma pessoa.
"Começamos as investigações a partir do sêxtuplo em outubro. Todos [crimes] teriam uma conexão e nós conseguimos apreender duas armas, cinco armas e, através da perícia, detectamos que essas armas foram utilizadas em todos os onze homicídios. Os quatro iniciais em Feira, no mês de agosto, em um restaurante, depois em um homicídio em Rafael Jambeiro, e depois nesses seis em Jequié", explicou a Delegada-Geral da Polícia Civil, Heloisa Brito.
A Polícia ainda identificou outros envolvidos nos crimes, entre eles o mandante, um homem conhecido como Diego Cigano. "Depois que identificamos quem seria o mandante, nós aplicamos essa ação de hoje, na qual, conseguimos prender duas pessoas, um PM da reserva e um parceiro dele, que seriam as pessoas que teriam contratado o executor", continuou.
No entanto, o suspeito segue foragido da polícia. "O mandante foi identificado, mas ainda não conseguimos prender. Fomos até o endereço dele, mas ele não se encontrava no local", completou.
A terceira pessoa a ser a ter o mandado de prisão cumprido já estava no sistema prisional, como salienta a autoridade policial. "O executor já estava preso no complexo de Feira por um outro homicídio e um estupro, que não tem relação nenhuma com estes".
Com informações da SSP-BA e A Tarde.
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