Uma manifestação na manhã desta segunda-feira (23), foi promovida por familiares e amigos de Marcelo Felipe Guerra dos Santos Rocha, de 18 anos, que morreu durante uma abordagem da Polícia Militar no último dia 1 de abril.

O protesto aconteceu na Avenida Presidente Dutra, com o intuito de  cobrar respostas por parte da investigação da corregedoria da Polícia Militar da Bahia, já que a família do jovem acusa a Polícia de imperícia e manipulação dos fatos, durante a abordagem que resultou na  morte do rapaz.

PM afirma perseguição e troca de tiros

A Polícia Militar relatou que na noite, ao abordar Marcelo, o mesmo teria tentado fugir e durante a tentativa fuga, o mesmo, teria atirado contra os policiais, que ao revidar teriam alvejado, tirando assim a vida do rapaz.

A corporação também informou que uma arma e munições foram encontradas no carro do jovem. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Feira de Santana.

Mãe contradiz argumento policial

Daniela Guerra, mãe de Marcelo, diz que o jovem avistou uma blitz e optou por parar, pois não tinha a Carteira Nacional de Habilitação, de acordo conversa entre os dois por telefone.

"Meu filho estava indo para casa quando me falou que avistou uma blitz e iria demorar, porque estava sem habilitação. Ele conseguiu parar antes, aguardou cerca de duas horas, depois não aguentou mais e saiu. A Polícia perseguiu e covardemente matou sem nem saber quem ele era, depois disseram que foi troca de tiros", acusou.

Daniela ainda afirmou que o filho nunca teve arma e sempre foi um rapaz trabalhador e cumpridor dos deveres, ela ainda argumentou que não pode permitir que Marcelo tenha seu nome sujo depois de morto.

"Não aceito isso. Ele iria completar 19 anos no dia 21 de maio, mas meu filho não estava aqui para festejar como sempre fiz. Foi só tristeza e saudade, mas eu tenho orgulho do meu filho porque ele não me deu nenhuma decepção e é pelo nome dele que estou lutando aqui", finalizou Daniela.