Síndrome compartimental crônica desafia corredores de rua no Brasil
Condição exige atenção médica para diagnóstico preciso e tratamento eficaz
A síndrome compartimental crônica (SCC) é uma das adversidades que mais desafiam os corredores de rua, especialmente os que enfrentam treinos intensos e competições frequentes. Trata-se de uma elevação anormal da pressão em compartimentos musculares durante a atividade física, causando dores previsíveis e uma limitação funcional que ameaça o desempenho esportivo e a qualidade de vida.
O problema se concentra no aumento do volume muscular, que não encontra espaço suficiente para se expandir devido à rigidez das fáscias que envolvem os músculos. Em corredores, as dores mais comuns surgem na região anterior da perna, acompanhadas de sensação de pressão, fraqueza muscular e, em casos graves, formigamento ou déficit motor. O diagnóstico, que requer medição de pressão intracompartimental, é tão técnico quanto essencial para direcionar o tratamento correto.
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Embora técnicas conservadoras como fisioterapia, correção biomecânica e alongamentos possam aliviar os sintomas, a cirurgia, conhecida como fasciotomia, é a solução definitiva em casos mais graves. Este procedimento, que reduz a pressão ao liberar a fáscia muscular, permite aos corredores um retorno progressivo às pistas, com resultados geralmente positivos quando associado a ajustes no treinamento e à prevenção de recidivas.
A mensagem é clara: a SCC exige atenção redobrada, especialmente em um esporte que depende tanto da integridade física quanto da mental. Diagnóstico precoce e manejo adequado não são apenas estratégias médicas; são passos essenciais para que os corredores possam continuar a transformar as ruas em palco para sua paixão.
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