Consultas urológicas pelo SUS diminuíram em 33,5% em 2020
Os dados foram solicitados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)
Se a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata já encontravam obstáculos ligados à conscientização dos pacientes antes da pandemia, o cenário definitivamente não mudou para melhor desde março de 2020.
Dados solicitados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) ao Ministério da Saúde indicam que entre 2019 e 2020 houve redução de 33,5% no número de consultas urológicas pelo SUS. Também foi identificada queda de 21,5% nas cirurgias para retirada da próstata por câncer no mesmo período.
Essa tendência, porém, não acompanha os cálculos do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que estima 65.840 novos casos de câncer de próstata a cada ano, entre 2020 e 2022. "Se nós temos uma expectativa de 65 a 68 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil por ano, e estando defasados no número de diagnósticos, é bem provável que façamos diagnósticos de forma mais tardia e isso diminui as chances de cura da doença. Quando o paciente é diagnosticado de forma precoce, essa chance chega a 90%", detalha o urologista Álvaro Bosco.
Segundo ele, na comparação entre os dados fornecidos pelo Ministério evidenciou-se também diminuição no número de exames de PSA (Antígeno Prostático Específico, na sigla em inglês) –exames de sangue que servem como alerta para um possível tumor. Essa redução foi de 27%. Também foi identificada queda no número de biópsias, que confirmam o câncer de próstata.
"Infelizmente até o momento, apesar de os últimos dados deste ano mostrarem aumento no número de exames, ainda não atingimos os índices que tínhamos na fase pré-pandemia. Isso gera alerta porque, sem sombra de dúvidas, há demanda reprimida do número de consultas, exames de PSA e biópsias", avalia o professor.
Ele lembra que houve também diminuição de 20% no número de cirurgias para o tratamento dos pacientes com câncer de próstata – no caso, as prostatectomias radicais. Bosco reforça que deve ser feito esforço para trazer os homens de volta ao consultório de Urologia, desafio antigo que em 2021 soma-se ao déficit de exames, diagnósticos e tratamento para a doença com relação aos anos anteriores.
"Se há demanda reprimida, acredito que novos diagnósticos devem ser feitos de forma mais precoce, e que não tenhamos demora para fazer os PSAs nem as biópsias de próstata e que os casos diagnosticados sejam tratados de uma forma bem séria", afirma o professor do Centro Universitário São Camilo.
Essa tendência, porém, não acompanha os cálculos do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que estima 65.840 novos casos de câncer de próstata a cada ano, entre 2020 e 2022. "Se nós temos uma expectativa de 65 a 68 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil por ano, e estando defasados no número de diagnósticos, é bem provável que façamos diagnósticos de forma mais tardia e isso diminui as chances de cura da doença. Quando o paciente é diagnosticado de forma precoce, essa chance chega a 90%", detalha o urologista Álvaro Bosco.
Segundo ele, na comparação entre os dados fornecidos pelo Ministério evidenciou-se também diminuição no número de exames de PSA (Antígeno Prostático Específico, na sigla em inglês) –exames de sangue que servem como alerta para um possível tumor. Essa redução foi de 27%. Também foi identificada queda no número de biópsias, que confirmam o câncer de próstata.
"Infelizmente até o momento, apesar de os últimos dados deste ano mostrarem aumento no número de exames, ainda não atingimos os índices que tínhamos na fase pré-pandemia. Isso gera alerta porque, sem sombra de dúvidas, há demanda reprimida do número de consultas, exames de PSA e biópsias", avalia o professor.
Ele lembra que houve também diminuição de 20% no número de cirurgias para o tratamento dos pacientes com câncer de próstata – no caso, as prostatectomias radicais. Bosco reforça que deve ser feito esforço para trazer os homens de volta ao consultório de Urologia, desafio antigo que em 2021 soma-se ao déficit de exames, diagnósticos e tratamento para a doença com relação aos anos anteriores.
"Se há demanda reprimida, acredito que novos diagnósticos devem ser feitos de forma mais precoce, e que não tenhamos demora para fazer os PSAs nem as biópsias de próstata e que os casos diagnosticados sejam tratados de uma forma bem séria", afirma o professor do Centro Universitário São Camilo.
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