PT não quer PSOL na vice de Fernando Haddad e busca nome mais ao centro
Eles afirmam que a sigla restringiria o alcance da chapa
As principais lideranças do PT em São Paulo dizem que não há chance de que o PSOL ocupe a vaga de vice de Fernando Haddad na disputa pelo governo do estado.
Eles afirmam que a sigla restringiria o alcance da chapa, que precisará conquistar uma parcela mais conservadora do eleitorado se quiser vencer.
O PSOL tem defendido seu presidente, Juliano Medeiros, como um possível nome para a vice ou para o Senado, mas a escolha ainda precisa ser referendada internamente.
O partido retirou Guilherme Boulos da disputa e o lançou a deputado federal, abrindo espaço para Haddad. Por isso, reivindica uma posição de destaque na chapa.
"Tem que facilitar a vida do cidadão que vai assimilar o seu pedido. Esse eleitor pensa: 'já estou engolindo o PT e agora vem o PSOL junto?' Precisa achar alguém deglutível para o eleitor", afirma Luiz Marinho, presidente do PT-SP. A posição é repetida por outras lideranças petistas em caráter reservado.
Nomes como Jonas Donizette (PSB), ex-prefeito de Campinas, e Rodrigo Agostinho (PSB), ex-prefeito de Bauru, têm sido colocados como possibilidades. Trata-se de movimento similar ao realizado pela candidatura federal do PT, que encontrou o ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB) para a vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Descartado pelos petistas para a vice, Medeiros também não é visto como a melhor escolha para o Senado, que deveria ficar preferencialmente com Márcio França (PSB).
Caso não haja acerto com o ex-governador, os petistas dizem que os partidos da coligação (que também inclui Rede, PV e PCdoB) debaterão o melhor nome. Se a definição for mesmo por alguém do PSOL, eles defendem que a escolhida seja uma mulher negra.
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