Prefeito de Nova York reage à vacinação de Michelle Bolsonaro
Michelle decidiu se vacinar nos EUA em viagem com Bolsonaro
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, reagiu depois de descobrir que Michelle Bolsonaro foi vacinada durante a sua passagem pelos Estados Unidos. O prefeito pediu para que o marido dela, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se imunizasse também. O objetivo, segundo ele, seria para evitar que Bolsonaro se tornasse um perigo para outras pessoas. As informações são do portal Extra.
Na última quinta-feira (23), Bolsonaro informou em sua live semanal, que Michelle havia tomado a vacina nos EUA. O presidente brasileiro foi o único dos 19 chefes de Estado do G20, grupo das maiores economias do mundo, mais a União Europeia, que declarou não ter sido vacinado contra a covid-19 durante evento da ONU (Organização das Nações Unidas), do qual participou, motivo pelo qual ele foi criticado durante sua viagem a Nova York.
"Nos Estados Unidos, minha esposa veio conversar comigo sobre tomar ou não a vacina. Dei a minha opinião para ela. Não vou falar qual foi a minha opinião, mas ela tomou a vacina. Ela é maior de idade, tem 39 anos, sabe o que faz", disse Bolsonaro na live.
Após polêmica nas redes sociais, a Secretaria Especial de Comunicação Social do governo precisou explicar, através de comunicado, que a primeira-dama se vacinou nos Estados Unidos por sugestão de um médico. Mas, pelas regras do governo do Distrito Federal, local onde mora, pessoas da faixa-etária da primeira-dama já poderiam ter tomado a vacina desde o mês de julho.
"Como já pensava em receber o imunizante, resolveu aceitar. A primeira-dama reitera a sua admiração e respeito ao sistema de saúde brasileiro, em especial, aos profissionais da área que se dedicam, incansavelmente, ao cuidado da saúde do povo", diz a nota.
O prefeito de Nova York criticou, repetidas vezes, o presidente brasileiro por viajar ao país sem ter se vacinado. Em entrevista, de Blasio disse, se dirigindo a Bolsonaro, que "se você não quer se vacinar, não se dê o trabalho de vir".
Na semana passada, de Blasio também marcou Bolsonaro em uma publicação que mostrava o presidente brasileiro comendo pizza na calçada, em razão das normas em vigor em Nova York para não vacinados. O post dizia: "Bem-vindo a Nova York, Bolsonaro". Em outro post irônico, o prefeito avisou sobre os locais de vacinação na cidade.
Após as críticas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) chamou o prefeito de Nova York de "marxista" durante entrevista ao programa Tucker Carlson Tonight, da emissora Fox News. Questionado pelo apresentador se o presidente brasileiro havia cogitado desistir da viagem em razão do pronunciamento do prefeito de Nova York, o parlamentar disse que "pessoas de esquerda querem controlar tudo".
Troca de farpas
Em 2019, Bill de Blasio já havia se envolvido em uma troca de farpas com Bolsonaro. As desavenças começaram em abril, quando um grupo pediu o cancelamento de uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-EUA ao presidente brasileiro. Inicialmente, o prêmio seria entregue a Bolsonaro em Nova York, mas o prefeito deixou claro que o presidente brasileiro não seria bem-vindo.
De Blasio acusou Bolsonaro de ser "racista, homofóbico e destrutivo" e o presidente brasileiro rebateu, chamando o prefeito de radical. Ele recebeu o apoio, entre outros, do vice-presidente Hamilton Mourão, que acusou o líder americano de ofender todos os brasileiros.
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