Na contramão da Casa, senadores baianos enxugam gastos em 80 mil
Os três senadores somaram R$ 926 mil em despesas
Juntos, os três senadores somaram R$ 926 mil em despesas durante os 12 meses do ano passado, enquanto que o mesmo período do ano anterior registrou movimentação de R$ 1,01 milhão, representando uma economia de R$ 84,1 mil aos cofres públicos. Os dados são do relatório de registros da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar de Senadores (CEAPS), disponível no Portal da Transparência do Senado.
No recorte geral das cotas parlamentares dos 81 senadores, foram movimentados R$ 23,4 milhões em 2021, cerca de R$ 3 milhões a mais do que em 2020.
A área que mais teve aumento de gastos na Casa foi a de compras de passagens aéreas: o valor saltou de R$ 2,6 milhões gastos em 2020 para R$ 5,11 milhões em 2021, um aumento de 190% de um ano para outro. No ano passado, as atividades passaram a ser semipresenciais, o que aumentou a demanda por deslocamentos dos parlamentares. Já a maior economia dos senadores foi no pagamento de consultorias, assessorias e pesquisas técnicas que, em 2020, registraram R$ 6 milhões, contra R$ 5,5 milhões em 2021.
Economia
Dos três senadores baianos, apenas Otto aumentou seus gastos em 2021. Coronel e Wagner (PT) economizaram, respectivamente, R$ 72 mil e R$ 69 mil no fim das contas. Para Otto, o aumento foi de R$ 57 mil em seus gastos. Em 2021, os gastos mais elevados dos senadores da Bahia foram com combustível, cerca de R$ 375 mil. Em 2020, Coronel, Otto e Wagner gastaram juntos R$ 298 mil com gasolina.
Além disso, os três senadores conseguiram enxugar custos na despesa com aluguéis de imóveis para escritórios. Juntos, economizaram cerca de R$ 17 mil só nessa área: caiu de R$ 199 mil para R$ 181 de um ano para outro.
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Apenas Coronel investiu parte de sua cota no ano de 2021 para custear serviços de Divulgação da Atividade Parlamentar entre os senadores baianos. O parlamentar do PSD conferiu à empresa Velip exatos R$ 50 mil para custear serviços de gestão e disparo de materiais de divulgação. Jaques Wagner, pré-candidato ao governo da Bahia, e Otto Alencar, mantiveram os gastos de divulgação de suas atividades concentrados nas mãos de seus assessores.
Na Casa, os parlamentares gastaram somados pouco mais de R$ 3,6 milhões apenas para custear disseminação de conteúdos publicitários/informativos a respeito de suas atividades, cerca de R$ 500 mil a mais do que em 2020.
Entre idas e vindas a Brasília para participar de sessões presencialmente, ou mesmo em viagens oficiais pelo Congresso, os legisladores federais gastaram ao todo R$ 5,1 milhões. O gasto é quase o dobro em comparação com 2020 e foi justificado pelos parlamentares como "consequência" do retorno gradual às atividades presenciais em meio à pandemia por covid-19. Esse aumento também se refletiu na bancada baiana. Se em 2020, os três senadores custaram juntos R$ 15 mil à cota parlamentar, em 2021 eles viajaram mais de 10 vezes mais (pelo menos em relação aos gastos): R$ 118 mil.
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