Lojistas do Shopping Popular vão à Câmara buscar soluções e pode surgir CPI

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Lojistas do Shopping Popular vão à Câmara buscar soluções e pode surgir CPI

A água e luz foram cortadas de lojas de permissionados

Crédito: Adriele Mercês/FE
Na terça-feira (16), os lojistas do Shopping das Compras reuniram-se na galeria da Câmara Municipal de Feira de Santana na intenção de chamar atenção do poder público acerca da situação em que estão vivendo no local. De acordo com eles, a água e luz foram cortadas de lojas de permissionados que não conseguiram pagar o aluguel. Os vereadores pautaram seus discursos sobre o tema e surgem boatos de mais uma CPI.

"Nós não temos apoio do diretor do Shopping Popular, nós não somos recebidos pela prefeitura, quer dizer... estamos sozinhos, ao menos os vereadores têm que olhar por nós", disse Maria de Fátima, uma das permissionadas do Shopping das Compras, e completou. "Ninguém quer comprar lá, é longe do centro, não tem atrativos, estamos abrindo as lojas para as moscas e passando fome, o aluguel é caro, nem pão da pra comprar", finalizou.

Lembrando que se trata de uma parceria público privada e que o Município deu sua contribuição para a construção do Shopping Popular, o vereador Luiz da Feira (PROS) sugeriu que seja realizada uma CPI para tratar da questão e investigar o que tem por trás dos contratos e dos gastos com o equipamento.

"Vamos fazer uma CPI para lutar por esses guerreiros para terem respeito pelo Shopping Popular, a prefeitura entrou com 20 milhões, é muito dinheiro, além de maquinário e o dono do shopping que está aí dizendo 'esse shopping é meu e o resto que...', não pode ser assim", avalia. O vereador Jhonatas Monteiro (PSOL) se dispôs a apresentar o requerimento juntamente com Luiz da Feira. "Faço um chamado que outros colegas também possam assinar e pressionar a prefeitura a dar a resposta", destacou.

Por sua vez, o líder do governo Lulinha (DEM) disse em Tribuna que os valores das taxas cobradas aos vendedores ambulantes realocados ao Centro Comercial Popular deve reduzir quando os boxes vazios forem ocupados por seus permissionários. "Muitos nem abriram os boxes e vocês estão pagando por eles, porque, na hora de dividir, quanto menos gente há trabalhando, maior fica o valor".

O vereador Pedro Américo (DEM), vice-líder do governo na Casa explicou que a quebra de contrato com o Shopping Popular, deixará a situação complexa e deu sugestões. "Não é hora de discurso fácil, falar é muito fácil. É preciso buscar uma solução concreta para os problemas da cidade e em especial para o shopping popular. Eu entendo que para a prefeitura fazer a quebra de contrato direto com o Shopping Popular é mais complexo, porque isso envolve confiança de investimentos e uma cidade como Feira de Santana não pode simplesmente fazer isso, o caminho que eu pensei é que os permissionários entrem com um mandato de segurança para buscar a suspensão do pagamento das taxas, a proibição de apreensão de mercadorias e de lacração dos boxes, apresentado esse mandato de segurança nós podemos discutir a revisão do contrato, o caminho correto é esse", disse. 

 

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