Monitor aponta para redução de área com seca no território baiano
O estado foi o único do Nordeste que registrou uma condição mais branda do fenômeno
Em outubro, a severidade do fenômeno teve um abrandamento na Bahia com o recuo da área com seca grave na Bahia, que caiu de 10% a 7% do estado em comparação a setembro. O estado foi o único do Nordeste que registrou uma condição mais branda do fenômeno em comparação a setembro. Desde março deste ano, 100% da Bahia passa por seca. Em outubro o estado teve a 3ª maior área total com seca entre as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor: 567 mil km². Apenas Mato Grosso e Minas Gerais tiveram uma área maior com a presença do fenômeno.
OUTROS ESTADOS MONITORADOS
Na comparação entre setembro e outubro, Alagoas teve a permanência da severidade do fenômeno. Em termos de área com seca, o estado teve o aumento de 64% para 72% de seu território no período – maior percentual desde março deste ano (84%). As áreas com seca grave e moderada seguiram respectivamente nos patamares de 17% e 28%. Já a seca fraca avançou de 19% para 27% do território alagoano entre setembro e outubro. A área livre de seca caiu de 36% para 28%, menor patamar desde os 16% registrados em março desde ano.
Segundo o Monitor de Secas, em outubro o Ceará seguiu com o fenômeno em 100% de seu território, o que acontece desde fevereiro deste ano. Em termos de severidade, a situação permanece estável com cerca de 60% do estado com seca moderada e aproximadamente 40% com seca fraca – os dois tipos menos severos da escala do Monitor. Entre julho e outubro, o estado passa pela maior severidade do fenômeno desde janeiro de 2020, quando 28% de seu território registrou seca grave.
Entre setembro e outubro, o Maranhão permaneceu com seca fraca em 30% de seu território, com seca moderada em 36% e livre do fenômeno em 34% de sua área. Com isso, o Maranhão foi o estado nordestino com maior área livre de seca e o segundo do Brasil, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro (46%). Em termos de severidade, o fenômeno permaneceu estável em relação a setembro no Maranhão, que teve a condição de seca menos severa do Nordeste em outubro. Nesse mês somente o estado e o Ceará não tiveram registro de seca grave.
No caso da Paraíba, a área total com seca permaneceu em 100% do estado em outubro – condição registrada desde junho deste ano. Entre setembro e outubro a área com seca grave seguiu no patamar de 27%, enquanto a seca moderada avançou de 35% para 39% do território paraibano, indicando o aumento da severidade do fenômeno. Essa é a condição mais severa do fenômeno no estado desde fevereiro de 2020, quando 46% do estado passaram por seca grave.
Pernambuco, entre setembro e outubro, teve a intensificação da seca com o aumento da área com seca moderada, que avançou de 59% para 69% do estado. A seca grave seguiu no patamar de 7% do território pernambucano, a área com seca fraca foi de 18% e a área livre de seca foi de 6% do estado. Essa é a condição mais severa da seca no estado desde fevereiro de 2020, quando houve seca grave em 36% de Pernambuco.
No Piauí a área livre de seca avançou de 15% para 18% de seu território entre setembro e outubro. Com isso, a área total com seca recuou de 85% para 82% do estado – a menor desde agosto de 2020 (79%). Desse total a seca grave, a seca moderada e a seca fraca estão presentes respectivamente em 21%, 51% e 10% do Piauí, mantendo a severidade verificada em setembro. A condição do fenômeno verificada em outubro foi a segunda mais severa no estado desde fevereiro de 2020, quando 29% do território piauiense passou por seca grave.
Entre setembro e outubro, o Rio Grande do Norte teve uma intensificação da seca com o aumento da área com seca grave, que subiu de 62% para 75% do estado – pior condição dentre os estados nordestinos. Esta é a condição mais severa no território potiguar desde janeiro de 2019, quando 12% do Rio Grande do Norte passou por seca extrema, que é a segunda mais severa na escala do Monitor. Desde dezembro de 2020, é registrada seca em 100% do território potiguar.
Em outubro foi observada a intensificação da seca em Sergipe em comparação a setembro. Nesse período as áreas com seca grave avançaram de 32% para 36% do estado e as porções com seca moderada subiram de 15% para 19% do território sergipano. Os demais 46% do estado registraram seca fraca. Essa é condição mais severa do fenômeno em Sergipe desde maio de 2019, quando 38% do estado passaram por seca grave. Há 13 meses consecutivos, desde outubro de 2020, Sergipe registra seca em 100% do seu território.
Considerando as quatro regiões acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Nordeste teve a melhor condição em termos de severidade do fenômeno em setembro, já que foi a única a não ter registro de seca extrema ou excepcional – as duas mais severas identificadas pelo Monitor. Além disso, o Nordeste teve o maior percentual de território livre de seca: 11%. O Sul teve a segunda menor severidade do fenômeno no período, com 3% de seca extrema. As condições mais severas foram registradas no Sudeste e no Centro-Oeste, que tiveram respectivamente 8% e 1% de áreas com seca excepcional – a mais severa.
Em outubro deste ano, em comparação a setembro, em termos de severidade da seca, 11 estados tiveram um abrandamento do fenômeno em outubro: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Entre setembro e outubro, todas as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas registraram o fenômeno simultaneamente.
No sentido oposto, sete estados tiveram uma intensificação da seca no período: Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em outras três unidades da Federação, a severidade do fenômeno se manteve estável: Ceará, Distrito Federal e Maranhão. Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em outubro aconteceu no Sudeste, que registrou 8% de seca excepcional – a mais severa da escala do Monitor. Já o Nordeste teve a menor severidade de outubro e foi a única região a não ter registro de seca extrema ou seca excepcional.
Entre setembro e outubro, somente Alagoas registrou expansão da área com seca. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em outros cinco estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Nas demais 15 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Considerando o recorte por região, o Sudeste e o Sul tiveram uma redução da área com seca de 99% para 96%. Já no Centro-Oeste e Nordeste o território com o fenômeno se manteve estável respectivamente nos patamares de 93% e 89%.
Em 11 unidades da Federação, 100% de seus territórios registraram seca em outubro: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Os demais dez estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 53,9% e 98,7% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.
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