80 mulheres negras são certificadas pelo projeto Bairro Empreendedor
Também foram entregues máquinas de costura
Uma cerimônia realizada na manhã desta terça-feira (31), em Salvador, marcou a entrega dos certificados da segunda etapa do projeto Bairro Empreendedor: Costurando Renda, que contemplou 80 alunas com o curso de corte e costura. Promovida pelo Governo da Bahia, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), a iniciativa de capacitação profissional beneficiou mulheres negras dos bairros do Curuzu/Liberdade e Paripe, sem limite de idade. Além do certificado, as concluintes receberam, também, uma máquina de costura para darem seguimento às atividades no setor.
"Um trabalho de valorização das mulheres, mulheres empreendedoras, que têm a oportunidade de movimentar a economia, de descobrir os seus talentos, os seus negócios, e, aqui, o Governo do Estado está favorecendo isso, capacitando, qualificando, treinando. Hoje, entregamos 80 certificados, 80 máquinas de costura, em um universo de um treinamento de 200 mulheres, um investimento de quase R$ 500 mil", declarou o vice-governador Geraldo Junior, que prestigiou a cerimônia junto ao secretário em exercício da Setre, Juremar de Oliveira, e à secretária de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães.
O projeto Bairro Empreendedor: Costurando Renda é uma ação financiada pelo Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), um instrumento estadual de captação de recursos, exclusivamente destinados para colaborar na implementação de ações de melhoria das condições de trabalho no estado. "O fundo já chegou a 40 mil pessoas atendidas na Bahia, um investimento de R$ 33 milhões. E é justamente o contraponto. O recurso chega até o Estado a partir do descumprimento das leis de trabalho, das ações do Ministério Público do Trabalho [MPT] e do Tribunal Regional do Trabalho [TRT]. E, através desses projetos, a gente consegue fazer com que esse recurso retorne para o trabalhador", explicou o secretário em exercício.
O curso atende mulheres de todas as idades, incluindo as participantes da terceira idade. A aposentada Marisia Costa, 60 anos, viu no curso uma oportunidade de aprender uma nova profissão. "Eu me aposentei e, para complementar a renda, queria fazer alguma coisa. E, aí, fui atrás e encontrei esse curso. O curso é perfeito, perfeito. Não tem outra palavra para descrever. Tem de tudo que a gente pode esperar", disse a concluinte, que pretende trabalhar costurando roupas.
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