Nesta quarta-feira (23), professores das redes estadual e municipal de ensino participaram de um ato público em frente à Prefeitura Municipal de Feira de Santana. A mobilização fez parte da paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que representa mais de 4,5 milhões de profissionais em todo o Brasil.

A manifestação da rede estadual ocorreu apenas nesta quarta, acompanhando o calendário nacional de lutas da CNTE. Já os trabalhadores da educação da rede municipal seguem com as atividades paralisadas desde a última terça-feira (16). A mobilização em Feira tem como foco principal a cobrança por melhores condições de trabalho e valorização da educação pública.

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Durante o ato, os educadores denunciaram o sucateamento das escolas, a falta de professores e de profissionais de apoio à educação especial — como cuidadores, tutores e auxiliares — além da precariedade na infraestrutura das unidades escolares. Segundo os manifestantes, esses problemas comprometem a qualidade do ensino e afetam a saúde física e mental dos educadores.

Outro ponto de reivindicação é a Portaria 07/2025, editada pela Prefeitura, que altera a jornada de trabalho dos professores, ampliando o tempo em sala de aula e desrespeitando a reserva legal de um terço da carga horária para atividades extraclasse, prevista na Lei Federal 11.738/2008.

A categoria aguarda um posicionamento oficial da Prefeitura sobre a portaria. Amanhã, quinta-feira (24), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Feira de Santana (APLB) convoca os profissionais da Rede Municipal para uma assembleia, às 8h30, na sede da entidade, para discutir a resposta da Procuradoria do Município. Também estão em pauta o cumprimento da reserva de carga horária para professores contratados via REDA e para aqueles que atuam na Educação de Jovens e Adultos (EJA).