Feira de Santana Notícias 24h - A região de Feira de Santana terá nos próximos 4 anos, um investimento na ordem de R$ 1,7 bilhão no setor elétrico. Este montante está incluso no plano de investimentos da Neoenergia Coelba em obras estruturantes em toda a Bahia. A ideia é reforçar a resiliência do sistema elétrico frente às mudanças climáticas, que vem acontecendo ultimamente em todo o país. 

A informação foi divulgada durante a realização do Fórum Desafios Climáticos Bahia, promovido pela Neoenergia Coelba, com o objetivo de debater adaptações e soluções frente às mudanças climáticas. O evento ocorreu na sede da distribuidora de energia, localizada na Avenida Visconde do Rio Branco, e contou com a presença de especialistas do Climatempo, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, além de outras autoridades locais. 

O Climatempo apresentou previsões sobre o impacto das mudanças climáticas na Bahia até o verão de 2024, destacando a influência do fenômeno La Niña, que deve intensificar as condições meteorológicas extremas nos próximos meses. De acordo com as projeções do instituto, o estado continuará a registrar chuvas abaixo da média nas áreas do interior até o final de setembro, enquanto em outubro há previsão de pancadas de chuva localmente intensas, acompanhadas de raios e ventos fortes. 

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Tais fenômenos representam uma ameaça ao sistema elétrico e aos serviços essenciais. Vitor Hassan, head da Climatempo, ressaltou a importância da parceria com a Neoenergia Coelba para mitigar os impactos climáticos no fornecimento de energia: "Nossas previsões de curto e longo prazo têm auxiliado a Neoenergia Coelba a antecipar e planejar ações preventivas, garantindo a segurança e eficiência do sistema elétrico, especialmente em momentos de eventos climáticos extremos. Essa colaboração permite à empresa atuar de forma preventiva, minimizando possíveis interrupções no fornecimento de energia". 

Plano 

Durante o evento, a Neoenergia Coelba destacou seu plano de investimentos voltado à resiliência do sistema elétrico frente às mudanças climáticas. Até 2027, a empresa planeja investir R$ 13,3 bilhões em obras estruturantes em toda a Bahia, sendo R$ 1,7 bilhão direcionados à região centro-norte, que inclui Feira de Santana. Um dos projetos em destaque é a ampliação da subestação Santa Mônica, prevista para ser concluída ainda neste ano, dobrando sua capacidade de fornecimento de energia para a região. 

Esse e outros investimentos visam reforçar a confiabilidade do sistema, com a instalação de novos alimentadores e equipamentos para suportar as condições adversas. Jean Viana, superintendente de operações da Neoenergia Coelba, enfatizou a importância de medidas antecipadas para garantir a continuidade dos serviços durante eventos climáticos severos. "Trabalhamos com estudos e orientações de especialistas para desenvolver estratégias preventivas que minimizem os impactos em nossas operações e, principalmente, assegurem a qualidade do fornecimento de energia para os nossos clientes, mesmo em cenários desafiadores", afirmou Viana.  

Empresa segue reforçando medidas preventivas

Além dos investimentos estruturais, a Neoenergia Coelba destacou as ações preventivas que realiza em campo para reduzir os impactos das mudanças climáticas sobre o sistema elétrico. Em 2024, a empresa deverá inspecionar mais de quatro mil quilômetros de rede elétrica, na região centro-norte e realizar cerca de cinco mil podas e duas mil manutenções estruturais para evitar quedas de árvores e minimizar os danos causados por descargas atmosféricas. 

A empresa também possui um plano de contingência para monitorar o sistema elétrico em situações climáticas adversas, reforçando suas equipes quando necessário e revisando práticas operacionais após cada emergência. 

O evento também contou com a presença de representantes do poder público e de diversas entidades civis. Estiveram presentes a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o Centro das Indústrias de Feira de Santana (CIFS), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), entre outras instituições. A troca de informações e a colaboração entre esses órgãos foram fundamentais para reforçar as estratégias de enfrentamento dos desafios climáticos na região.