Aos 37 anos, Thaísa Menezes, um ícone do vôlei brasileiro, está prestes a embarcar em sua quarta participação olímpica nos Jogos de Paris 2024. Bicampeã olímpica, Thaísa retorna aos Jogos após sua ausência em Tóquio 2020 devido a lesões que deixaram marcas em seu corpo. Apesar das dores diárias, dentro e fora das quadras, o amor pelo esporte e a vontade de conquistar uma terceira medalha olímpica – de preferência dourada – a mantêm motivada. A estreia do Brasil será contra o Quênia na próxima segunda-feira.

"Minha ambição é, sem dúvida, buscar mais uma medalha de ouro. O amor pelo vôlei é o que me trouxe de volta, é o que transformou minha vida e a vida da minha família. Embora a rotina seja exaustiva, cada segundo vale a pena", disse Thaísa durante um treino aberto em Saint-Ouen, na base do Time Brasil. Com 1,96m, a jogadora também reflete sobre como o tempo trouxe uma nova perspectiva: "Quando era mais nova, parecia tudo muito normal, mas agora vejo o quanto sentirei falta quando tudo isso terminar."

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Thaísa se dedica intensamente aos cuidados com seu corpo, utilizando uma proteção especial no joelho esquerdo e passando por sessões diárias de fisioterapia para lidar com as dores constantes. "Sinto dor todos os dias, independentemente de estar em quadra ou não. É uma escolha que fiz, e preciso estar pronta. O foco mental ajuda a superar as dores", explicou a central, destacando a importância da preparação física e mental.

Ao recordar sua estreia olímpica com 21 anos, Thaísa se emociona ao refletir sobre sua trajetória. "Diria para aquela jovem Thaísa aproveitar cada momento, porque estar nos Jogos Olímpicos não é algo comum. Diria para ela se cuidar, focar na saúde física e mental, porque isso será crucial mais tarde", confessou Thaísa, emocionada, ao lembrar que esta será sua última Olimpíada com a seleção. Com lágrimas contidas, ela demonstra o quanto essa jornada significa para ela e como está determinada a fazer cada momento valer a pena.