Em uma conversa que só duas lendas do futebol poderiam proporcionar, Romário e Ronaldo, campeões mundiais de 1994 e 2002, respectivamente, se encontraram no programa De Cara Com o Cara para um bate-papo descontraído e repleto de histórias. No episódio, os dois ícones da seleção brasileira trocaram impressões sobre suas carreiras e, em determinado momento, Ronaldo não hesitou em apontar quem, para ele, foram os "pernas de pau" com quem teve o desprazer de jogar.

A lista de Ronaldo trouxe à tona dois nomes que marcaram época, mas não pela qualidade técnica: o dinamarquês Thomas Gravesen, seu colega de Real Madrid, e o volante Amaral, que também passou pela seleção brasileira. Ronaldo foi direto ao ponto, mencionando a dificuldade em jogar ao lado de Gravesen, que, embora fosse um bom camarada, pouco acrescentava no campo. Já Amaral, mesmo com toda a garra, sofria com uma técnica que deixava a desejar, algo que não passou despercebido para o Fenômeno.

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Esses "pernas de pau", expressão que ganhou fama no futebol, são aqueles jogadores que, embora vestissem a camisa de grandes clubes, passavam em branco para os torcedores. Mesmo entre as equipes de maior expressão, como Flamengo e Palmeiras, houve momentos de sofrimento com atletas que não conseguiram se destacar. Para os apaixonados pelo futebol, ver essas peças em campo poderia ser um exercício de paciência, e não faltavam ocasiões para que os torcedores se perguntassem como essas figuras conseguiam chegar até ali.

Porém, como bem disse Ronaldo, os "pernas de pau" têm sua função. São eles que proporcionam momentos inusitados, como a furada de gol inacreditável ou o drible desconcertante que termina em erro. O futebol, em sua essência, precisa desses personagens para equilibrar o espetáculo, tornando-o ainda mais imprevisível e, por que não, divertido. Afinal, sem essas figuras, o jogo perderia parte de sua graça.