Próximo presidente do Santos encara rebaixamento e dívidas de quase R$ 800 milhões
Queda para Série B do Brasileirão deixa Peixe sem premiação e com orçamento apertado
O próximo presidente que assumir o comando do Santos nos próximos três anos terá pela frente um desafio financeiro considerável, com a recente queda do clube para a Série B do Campeonato Brasileiro. A não obtenção de premiação da CBF para os quatro últimos colocados agrava a situação, enquanto a Série B oferece R$ 5 milhões aos quatro times que conquistam o acesso, com metade destinada ao campeão.
A ausência do Santos na Copa do Brasil e em competições internacionais em 2024 adiciona mais complexidade à equação, deixando o clube com apenas o Paulistão e a Segunda Divisão nacional no calendário. Nesse cenário, a montagem de uma equipe competitiva sem agravar as dívidas, que atualmente atingem quase R$ 800 milhões, torna-se uma prioridade.
A folha salarial emerge como uma preocupação adicional, visto que no terceiro trimestre de 2023, houve um aumento de 10,53% em relação ao trimestre anterior.
O orçamento para o exercício de 2024, estabelecido antes do rebaixamento, projeta uma receita total de R$ 394.086.925, com R$ 260.086.925 provenientes de receitas ordinárias e R$ 134.000.000 em receitas extraordinárias. Em comparação, o orçamento complementado de 2023 totalizou R$ 437.688.531, uma variação de R$ 43.601.606.
Estima-se que os custos e despesas atinjam R$ 307.620.695, enquanto em 2023 foram gastos R$ 347.418.610, evidenciando uma diferença de R$ 39.797.915.
O orçamento também contempla uma arrecadação de R$ 134.000.000 provenientes da venda de direitos federativos, uma quantia que se destaca da média histórica dos últimos doze exercícios, que foi de R$ 81.655.000.
Vale ressaltar que a atual diretoria optou por uma antecipação de até R$ 30 milhões das cotas do Campeonato Paulista de 2024 em novembro de 2023, movimento que pode contribuir para um déficit financeiro.
Com o fim do mandato de Andres Rueda no final deste ano e a eleição marcada para 9 de dezembro, o próximo presidente herda não apenas o desafio esportivo de recolocar o clube na elite, mas também a árdua tarefa de reequilibrar as finanças santistas.
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