O futebol mudou, e com ele também as tradições dos goleiros. O uso de boné, uma prática comum nas décadas de 1990 e 2000, tornou-se raro nos dias de hoje. Guglielmo Vicario, do Tottenham, causou uma onda de nostalgia recentemente ao proteger os olhos do sol com um boné em jogo contra o West Ham. Seu gesto relembrou figuras como o alemão Oliver Kahn e o soviético Lev Yashin, lendários goleiros conhecidos por esse visual icônico.

Vicario, no entanto, não está sozinho em manter o hábito. No passado, Chris Kirkland, ex-goleiro do Liverpool, também se destacava pelo uso constante do boné, que dizia aumentar sua concentração e proteger do brilho do sol. Kirkland relata que, além do fator prático, o boné dava um ar de confiança para encarar adversários sob condições adversas de iluminação. Hoje, no entanto, muitos goleiros preferem alternativas como lentes de contato escuras, que bloqueiam os raios solares sem prejudicar a visão.

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Especialistas, como Richard Lee, apontam que a tendência de moda também influencia os atletas atuais. Em um futebol que valoriza a imagem e a "marca" dos jogadores, o visual do boné pode parecer fora de lugar, além de não ser adotado por goleiros de destaque na Premier League. Com isso, os mais jovens tendem a imitar essa preferência, deixando o boné quase como um símbolo nostálgico de outra era.

Ainda assim, há quem guarde o acessório com carinho, como o jovem Charlie, fã do Tottenham, que conseguiu um boné de Vicario após a partida. Para ele e outros torcedores, o boné não é apenas um item funcional, mas um pedaço de história do futebol, a ser preservado e relembrado com orgulho.